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Agroindústrias

Primeiro trimestre do ano fecha com prejuízo de R$ 15 milhões para FriGol

Companhia teve Ebitda negativo de R$ 2,6 milhões no período

Primeiro trimestre do ano fecha com prejuízo de R$ 15 milhões para FriGol

A FriGol, quarto maior frigorífico do país, atrás de JBS, Marfrig e Minerva, fechou o primeiro trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 15 milhões, enquanto no mesmo período do ano passado a companhia teve lucro líquido de R$ 65 milhões. A receita bruta foi de R$ 730 milhões no período, queda de 30%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) registrou um valor negativo de R$ 2,6 milhões (abaixo do ponto de equilíbrio). Esse resultado representa uma significativa diferença em relação ao recorde anterior alcançado no primeiro trimestre de 2022, quando o EBITDA foi de R$ 94 milhões e a margem EBITDA atingiu 9,4%.

A companhia fechou o primeiro trimestre com alavancagem de 2,1 vezes (dívida líquida sobre Ebitda) e encerrou o trimestre com R$ 212 milhões em caixa, um aumento de 182% ante os R$ 75 milhões do primeiro trimestre de 2022. “Tradicionalmente, o primeiro trimestre costuma ser o mais fraco do ano. Como previsto, o período seguiu essa sazonalidade e foi ainda prejudicado pelo fator adicional de autoembargo de quase um mês das exportações brasileiras de carne bovina para a China.

Nesse período, a FriGol ajustou sua produção, acelerou seus projetos de crescimento e redirecionou suas exportações para outros países e para o mercado interno”, disse, em comunicado, Eduardo Miron, CEO da empresa. “O primeiro trimestre de 2022 foi muito atípico devido à forte demanda da China com a retomada das exportações após o embargo de três meses no fim de 2021. A retomada afetou positivamente volume e preços – beneficiados ainda por um dólar mais alto”, destacou Eduardo Masson, CFO da FriGol.

“Por outro lado, mesmo com todos os desafios do primeiro trimestre de 2023, tivemos resultados melhores do que quando comparamos com 2021 e 2020”, acrescentou. Crescimento Apesar dos resultados ruins do primeiro trimestre, a companhia está ampliando sua capacidade industrial para ampliar seu faturamento. A FriGol tem como meta aumentar em 20% sua receita neste ano, em relação ao recorde de R$ 3,8 bilhões do ano passado, mantendo a taxa de crescimento dos últimos três anos.

Para atingir seu objetivo, a empresa está destinando R$ 45 milhões em Capex, que inclui a ampliação da capacidade de abate em suas três unidades de bovinos. A expectativa é já abater neste ano 25% mais animais neste ano, ou cerca de 590 mil animais. “A cada ano utilizamos uma estratégia específica e agora a aposta está no aumento da eficiência operacional de nossas plantas”, disse Miron.

A companhia ressaltou também que vai apostar na diversificação de mercados. Em janeiro, o frigorífico conquistou habilitação para exportar para a Indonésia e, já no início do segundo trimestre, para Cingapura. O bloco de países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) tem uma população de aproximadamente 700 milhões de pessoas, sendo o segundo principal mercado da Ásia, somente atrás da China.

“É uma região onde o consumo de carne bovina está se desenvolvendo, por isso, está em nosso foco”, avaliou Miron. Segundo o executivo, o próximo passo é conquistar habilitações para Filipinas e Malásia, abrangendo, assim, quatro países da Asean.