De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de ovos de galinha foi de 991,38 milhões de dúzias no 4º trimestre de 2021. Essa quantidade foi 0,5% inferior à apurada no mesmo trimestre em 2020 e 1,5% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior. Esse resultado de queda entre 3º e 4º trimestres foi observado também em 2020, ano que os efeitos da pandemia do COVID prevaleceram – até hoje a economia segue lidando com seus impactos. O 4º trimestre de 2021 apresentou a 3ª maior produção já registrada em um 4º trimestre, e um recorde para o mês de novembro, considerando a série histórica iniciada em 1987.
Segundo o relatório divulgado, a produção de 4,57 milhões de dúzias de ovos a menos, em nível nacional, se comparados os 4os trimestres de 2021 e 2020, foi consequência de quedas em 13 dos 26 estados com granjas enquadradas no universo da pesquisa. Os decréscimos mais significativos 42 ocorreram em Goiás (-6,65 milhões de dúzias), Espírito Santo (-6,06 milhões de dúzias) e São Paulo (-2,44 milhões de dúzias).
Por outro lado, na mesma comparação, Ceará e Bahia tiveram os aumentos mais relevantes, o que também levou à região Nordeste a apresentar o maior aumento comparativo entre as Grandes Regiões (6,5% ou 10,56 milhões de dúzias). O Estado de São Paulo, com 27,8% da produção nacional continuou sendo o maior produtor de ovos dentre as Unidades da Federação no quarto trimestre de 2021, seguido por Paraná (9,0%) e Minas Gerais (8,8%). Espírito Santo, com o decréscimo mencionado, ficou responsável pela quarta maior produção (8,4%).
O relatório também aponta que o IPCA/IBGE registrou aumento de 13,24% no preço dos ovos de galinha de janeiro a dezembro de 2021, enquanto o índice Geral da inflação foi de 10,06% para o mesmo período. O cruzamento de informações cadastrais das granjas, com os dados apurados no 4º trimestre, possibilitou contabilizar a quantidade de granjas e de ovos produzidos segundo a finalidade da produção (consumo e incubação). Os dados mostram que mais da metade das granjas, 43 981 (53,4%), produziram ovos para o consumo, respondendo por 80,8% do total de ovos produzidos, enquanto 857 granjas (46,6%) produziram ovos para incubação, respondendo por 19,2% do total de ovos produzidos.