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Produção, exportação e consumo de carne suína cresce em 2021

De acordo com o relatório anual divulgado pela ABPA mesmo diante dos aumentos dos custos de produção e também do cenário da pandemia da Covid-19 foram produzidas 4,701 milhões de toneladas

Produção, exportação e consumo de carne suína cresce em 2021

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), lançou ontem (03/05) o Relatório Anual 2022. De acordo com a publicação mesmo enfrentando adversidades ao longo de 2021 produção, exportação e consumo de carne suína cresceram.

Fonte: ABPAEm 2021 foram produzidas 4,701 milhões de toneladas de carne de porco, deste total 75,81% foi destinado ao mercado interno que viu o consumo per capta crescer de 16 Kg/hab em 2020 para 16,7 kg/hab no ano passado.

Do total produzido 24,19% foram destinados às exportações atendendo 86 países. No ano passado foram embarcadas 1,137 milhões de toneladas representando um montante de US$ 2,6 bilhões (FOB). Santa Catarina foi o responsável por 51,63% das exportações de carne suína, sendo o maior estado exportador. Na sequência temos Rio Grande do Sul com 26,72% dos embarques e Paraná com 13,99%, consolidando a Região Sul do país como a maior exportadora da proteína.

Principais destinos da carne suína em 2021

O relatório anual 2022 traz o ranking dos principais destinos da carne de frango brasileira. O primeiro lugar continua sendo ocupado pela China que recebeu 47,59% de toda carne suína exportada. Em comparação com o ano de 2020 o país asiático comprou 3,93% a mais de carne suína.

Em segundo lugar temos Hong Kong sendo responsável por 14,02 % das compras da proteína brasileira. Os embarques para o país registraram queda de 5,56% comparados com 2020.

Ocupando o terceiro lugar temos o Chile que registrou um aumento de 39,19% nas importações de carne suína brasileira em relação a 2020. O país foi responsável por 5,45% do volume exportado pelo Brasil em 2021.

2021: o ano da resiliência

Para a Associação o ano de 2021 foi um período desafiador para o setor. Por isso o denominaram “o ano da resiliência”. Em seu relatório a ABPA conta que já abalados pela crise econômica mundial que se iniciou em 2020 com a chegada da pandemia, avicultores e suinocultores em todo o território nacional, assim com as agroindústrias, não mediram esforços para manter suas atividades em funcionamento.

O relatório afirma que em um quadro econômico delicado, os produtores não apenas tiveram que se ajustar ao novo cenário pandêmico, mas também se depararam com altas históricas dos insumos, afetando gravemente seus custos de produção e sua capacidade competitiva.

Os dados mostram que em média, desde 2015 até 2021, o preço da soja aumentou em mais de 140%. O milho, por sua vez, apresentou incremento ainda mais expressivo, ultrapassando 200%. Outro ponto que pesou para os produtores foram os aumentos dos custos de embalagens rígidas e flexíveis e dos combustíveis.

A publicação também afirma que, cercado às incertezas que afetam a produção nacional, o setor de exportação também foi posto à prova. Inicialmente, ainda durante o período crítico da pandemia, o ritmo do comércio global decaiu. Em seguida, com a posterior e gradual retomada dos negócios pós lockdowns, a reabertura das economias globais gerou um desequilíbrio sem precedentes entre oferta e demanda de contêineres no mundo. Navios de carga foram redirecionados para rotas mais demandadas – as quais não incluem o Brasil – e tal descompasso trouxe como consequência o aumento vertiginoso dos fretes marítimos, que mais que triplicaram ao longo deste período.

“Entretanto, mesmo com tamanha adversidade, nossos produtores, carregando a bandeira da segurança alimentar, perseveraram em seu nobre compromisso de alimentar o Brasil e o mundo”, destaca trecho da publicação.