Autonomia na produção de suínos é o que todos gostariam de ter. Poucos suinocultores têm e menos ainda sabem conviver ou administrar esta forma de produzir e principalmente gerir este negócio suinícola. A autonomia excessiva, o exagero do ‘’eu’’, vira individualismo ou ‘’independência’’, algo que não se sustenta em um mundo globalizado. Uma situação é ser prestador de serviço, empregado dentro de suas próprias instalações, a outra é ser ‘’independente’’ – vendo pra quem eu quero (ou muitas vezes pra quem compra) pelo melhor preço ou por qualquer preço e compro insumos de quem me faz o menor preço pela melhor condição ou de quem simplesmente tem o produto.
Surge aí por opção, ou necessidade, o modelo autônomo. Um modelo com visão de cadeia, verticalizado. Com o suinocultor mais dono do seu negócio e responsável pelas suas ações – fornecedor de matéria prima, mas com dividendos para si, benefícios para a cadeia e foco no produto e consumidor final, além de responsabilidade social e ambiental, prezando pela saúde humana sem descuidar do bem estar animal.
Este é o novo modelo suinícola, embora com conceitos antigos, associativos, coletivos – “todos por um e um por todos”. Somam-se os esforços e dividem se os lucros. Meu vizinho suinocultor, um parceiro de negócios. O frigorífico, um elo essencial para se chegar ao consumidor final. Qualidade total do produto, um dever nosso e um direito do consumidor. Se questionarmos ao mercado, esta relação é o que todo produtor quer. Se verificarmos de perto, poucos assim o fazem. Como melhorar e evoluir neste conceito? Agregação de valor ao produto e renda para quem produz e industrializa.
É nesse contexto e com este conceito que trabalha o Instituto Nacional da Carne Suína, valorizando a cadeia através do fortalecimento e agregação de valor ao produto através do selo de qualidade da carne suína, selo que valoriza as causas sociais do setor e a dedicação da cadeia para garantir a qualidade que o consumidor exige e tem direito, mas que o setor precisa receber por isso.
Qualidade do produto e rentabilidade para o segmento são princípios básicos do Instituto Nacional da Carne Suína (INCS).
Wolmir de Souza, presidente do Instituto Nacional da Carne Suína (INCS)