Suinocultores do município de Itaporã (MS) elogiaram gestão do governo André Puccinelli no programa Leitão Vida. A declaração partiu dos representantes dos produtores da região durante solenidade do FCO – Itinerante, realizada ontem (terça-feira, 30), daquele município.
Representantes da associação dos produtores do município declaram à secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Correa da Costa Dias, que graças a manutenção e gestão do programa, a suinocultura do Estado não entrou em colapso.
Segundo o produtor Milton Bigatão, os benefícios fiscais do programa asseguram a lucratividade da atividade, e não permite que o setor mergulhe em uma crise sem precedentes. Ele explica que depois do surgimento da nova gripe e estiagem, a atividade – que há dois anos sofre uma crise – chegou ao fundo do poço.
“Hoje, nossa lucratividade é praticamente o valor do incentivo governamental”, e acrescenta, “se não fosse o incentivo do leitão vida teríamos descartado as matrizes e parado as atividades”, declarou, lembrando que somente em sua região são terminados 120 mil animais por ano, em processo integrado a Seara de Dourados.
Para a secretária Tereza Cristina, o programa estabiliza o setor, permite que os produtores passem a planejar no longo prazo – certos que a atividade é amparada pelo governo – desde que haja as contrapartidas exigidas no programa, voltadas a gestão ambiental e tecnológica. “O setor se consolida e ainda promovemos seu aperfeiçoamento produtivo”, afirma.
A secretária lembra ainda que a suinocultura é uma das atividade que mais dinamiza a economia, movendo diversos elos e setores, da construção civil a produção de grãos. “Para cada matriz alojada, a atividade gera um emprego direito e outros 10 indiretos”, justifica.
Incentivo
A estratégia do programa é voltada as Unidades de Produção de Suínos (UPS), que até dá para os produtores que ultrapassarem a meta de 12 suínos por matriz em doze meses, incentivo financeiro de todo o ICMS. No caso das Unidades Terminadoras (UT), o programa voltado somente às operações internas, concede incentivo de 30% do ICMS sobre o suíno cevado.
Para se ter uma idéia do impacto positivo deste programa na economia estadual, somente entre janeiro e maio de 2009 os recursos financeiros transferidos para o setor somaram R$ 4,4 milhões. Estes recursos – que o governo abre mão de receber por meio do ICMS – as indústrias o transferem diretamente aos produtores cadastrados no programa. Desta forma, em média, cada uma das 245 granjas do Estado tem recebido R$ 4 por suíno.
Otimismo O criador Ari Barbieri conta que a sinalização positiva do governo estadual e o cenário de avanços da economia nacional, dão garantias para novos investimentos. Ele, que está concluindo o pagamento de duas granjas junto ao FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste), entrará com um novo projeto no Banco do Brasil para a ampliação de sua atividade. “Tenho uma outra área e estamos querendo construir mais dois galpões”, revelou.
O gerente do Banco do Brasil em Itaporã, Rafael Remanti, revela que na região, os investimentos financiados pela instituição na área de suinocultura somam aproximadamente R$ 10 milhões. E, embora a estiagem e a crise internacional tenha abalado a economia local, entre os suinocultores não há desanimo. “Estamos com uma grande demanda na suinocultura, neste momento temos em negociação outros cinco projetos com investimento da ordem de R$ 5 milhões aguardando liberação”, conclui.