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Comentário Avícola

Quando usar vacinas de virus completo?

<em>"A prevenção é, sem dúvida, a melhor maneira de evitarmos o uso de antibióticos, bem como, melhorar a produtividade do lote."</em>

Quando usar vacinas de virus completo?

Cada vem mais a vacinas vêm se consolidando como uma solução eficaz e de baixo custo no combate às doenças, principalmente na produção animal onde a imunidade de rebanho é indispensável e o uso de medicamentos está se tornando cada vez mais restrito. A prevenção é, sem dúvida, a melhor maneira de evitarmos o uso de antibióticos, bem como, melhorar a produtividade do lote.

O tema “Vacinas”, desde sua descoberta, é alvo de pesquisas por todo mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias faz com que elas sejam cada vez mais seguras e eficientes na prevenção e controle de doenças. Atualmente, existem os mais variados tipos disponíveis, desde as vacinas vivas clássicas até as vacinas produzidas por engenharia genética, todas muito eficientes, mas diferentes. Estas diferenças devem ser levadas em consideração na hora da escolha do produto, pois teremos resultados diferentes para cada um deles.

As vacinas que não usam o vírus completo, como é o caso das vetorizadas ou mesmo as de subunidades são eficientes no caso de proteção sistêmica e costumam funcionar muito bem. Mas, como possuem apenas uma proteína antigênica, esta resposta imunológica tende a ser menos completa que a vacinas com microrganismos completos, visto que estes últimos possuem diferentes epítopos e acabam por desencadear a resposta protetiva não apenas contra uma, mas contra várias proteínas antigênicas presentes nele.

Uma vacina de vírus completo vai mimetizar o agente infeccioso. A primeira interação entre o patógeno e o hospedeiro ocorre ao nível das mucosas, que vai impedir ou dificultar a adesão. Estas células expressam diferentes receptores, que reconhecem e ligam patógenos, dando início ao processo de ativação celular, e início da resposta imunológica ativa. Só microrganismos completos são capazes de reproduzir este comportamento.

No caso dos fragmentos ou proteínas isoladas, têm a vantagem de serem produtos altamente seguros, pois ativam o sistema imune, sem risco de manutenção do agente no ambiente ou replicação no animal, porém para alguns patógenos, ter o agente vacinal no ambiente é uma forma de vacinação indireta pois o mesmo forma o “colchão” imunológico que colabora com a diminuição da pressão de desafio. Este é o caso das vacinas vivas de vírus completo, que, aliado isso, ainda estimulam a imunidade local, muito importante para os vírus de tropismo respiratório.

Todas as vacinas existentes no mercado funcionam! A decisão por uma vacina de vírus vivo vai depender da necessidade de cada granja, pois conhecer o nível de biossegurança, grau de desafio, epidemiologia da doença em questão bem como os objetivos da vacinação, são essenciais para se obter bons resultados.