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Agroindústria

Queda das ações de frigoríficos: JBS, Marfrig e BRF sentem pressão do mercado

Queda das ações de frigoríficos: JBS, Marfrig e BRF sentem pressão do mercado

Nesta quarta-feira (3), as ações dos principais frigoríficos brasileiros operaram em baixa na B3. Marfrig caiu 6,46%, fechando a R$ 12,02, JBS recuou 4,85%, a R$ 31,21, e BRF teve uma queda de 3,64%, encerrando a R$ 22,75. Minerva também desvalorizou 2,19%, cotada a R$ 6,70. Este movimento conjunto geralmente indica um impacto setorial. No entanto, além da variação cambial, outros fatores contribuíram para a queda.

Influência do Mercado Chinês

A notícia de que os preços da carne premium despencaram na China devido à demanda fraca trouxe um alerta ao setor. A queda nos preços impacta diretamente as grandes exportadoras de proteína como JBS, Marfrig e BRF, que têm no mercado chinês um importante destino para seus produtos. A perspectiva de menor demanda e receitas resulta em um cenário menos otimista para essas empresas, afetando suas ações na bolsa.

Pressão do Politburo Chinês

O governo chinês, através do Politburo, pressionou os pecuaristas a aumentarem a produção de proteína animal e elevou as importações para atender a uma demanda projetada de consumo forte. No entanto, a desaceleração da economia chinesa resultou em fraqueza no consumo, fazendo com que as carnes se acumulassem nos frigoríficos e os preços caíssem para o menor nível dos últimos cinco anos.

Influência do Dólar

Embora o dólar tenha recuado após atingir o maior nível em 18 meses, a recente valorização da moeda ainda exerce pressão sobre as companhias que dependem das exportações. A possibilidade de intervenção do governo brasileiro para fortalecer o real também impacta essas empresas, cujas receitas são fortemente atreladas aos mercados externos.

Perspectivas do Mercado

O movimento de venda forte das ações desses frigoríficos reflete a combinação de um cenário macroeconômico desfavorável e a queda da demanda chinesa. Com expectativas de vendas menores e preços reduzidos, as perspectivas para essas empresas se tornam menos otimistas, resultando em desvalorização de seus papéis na bolsa.