Os preços do suíno vivo seguem se recuperando em grande parte dos estados produtores, segundo as bolsas regionais. Nesse começo de julho, o valor pago no quilo do animal vivo no mercado independente em São Paulo chegou a R$ 5,07 o quilo. Até o fim do mês passado, o preço era R$ 4,80, ou seja, houve um incremento de 5,6%.
O segundo estado com maior valorização nessa primeira semana foi o Rio Grande do Sul. A bolsa regional, divulgada pela Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), apontou um aumento de R$ 0,20. A média do preço pago pelo quilo do suíno vivo registrada na primeira semana do mês de julho foi de R$ 4,64, ante os R$ 4,38 do fim de junho.
O primeiro vice-presidente da Acsurs, Mauro Antonio Gobbi, explica que a pandemia, que ocasionou o baixo consumo de carne suína no mercado interno e também o fechamento de algumas plantas frigorificas, resultou nas quedas registradas nos últimos meses. “Além disso, tradicionalmente o preço da carne suína no primeiro trimestre costuma não ter os preços tão elevados”, frisa.
Já em relação ao atual momento, quando os aumentos começam a ser expressivos, Gobbi justifica que assim como os altos índices de exportação e a retomada das plantas frigorificas, as temperaturas baixas registradas no Estado também são uma influência, já que o mercado interno volta a consumir com mais frequência a proteína animal.
Outro fator que o vice-presidente da entidade destaca são os altos custos de produção. “Com os custos de produção muito altos, o preço precisa subir para remunerar o suinocultor”, conclui.
A saca de 60 quilos do milho está custando em média de R$ 44,83 no Rio Grande do Sul. O preço da tonelada do farelo de soja (preço da indústria – FOB) é de R$ 1.775 para compras à vista e no prazo (30 dias) é de R$ 1.795.