De acordo com o relatório Pork Quarterly – Q1 2023 do Rabobank, a queda sazonal na demanda de carne suína deve impactar a oferta no primeiro trimestre de 2023 Dados recentes mostram que a produção no terceiro trimestre de 2022 seguiu uma tendência sazonalmente ascendente, com aumento de 1,8% em relação ao segundo trimestre de 2022 e 4,3% em relação ao ano anterior.
O banco afirma que os preços de ração mais baixos sustentaram as margens dos produtores neste período. No quarto trimestre de 2022, os preços mais altos do suíno vivo sustentaram a demanda por carne suína. No entanto, o frio atípico na região Centro-Sul impactou negativamente as viagens e reuniões de grupos e, por sua vez, afetou o consumo.
Os analistas projetam que a produção de carne suína em 2023 aumente de 4% a 5% em relação ao ano anterior. Para o primeiro semestre o banco prevê que a produção de carne suína diminua em relação ao trimestre anterior. O primeiro trimestre costuma marcar a baixa sazonal da demanda doméstica ( férias escolares, impostos anuais) e da demanda externa, impulsionada pela desaceleração dos embarques para a China.
O relatório cita que as exportações de carne suína em dezembro foram as segundas maiores do ano, lideradas pela recuperação dos embarques para a China, que registrou o maior volume comprado no ano, em torno de 54 mil toneladas. Mesmo com a melhora nos embarques, o volume total exportado em 2022 caiu 2% em relação ao ano anterior, enquanto o valor exportado caiu 3% no mesmo período
A China continua sendo o principal destino das exportações brasileiras, respondendo por cerca de 42% do volume total vendido. Isso não deve mudar em 2023, pois embora as importações da China devam se manter, a competitividade do Brasil deve sustentar o crescimento de embarques. Como resultado, o Rabobank espera um aumento anual de 2% nos volumes de exportação este ano, embora a situação na China em relação ao controle do Covid-19 ainda possa impactar o potencial de importação.