A recuperação da economia chinesa, que registrou alta de 3,2% no PIB no segundo trimestre, e a alta nas importações, que bateu 2,7% no mês passado, vão beneficiar os setores de grãos e proteínas animais do Brasil, segundo o coordenador do Núcleo de Agronegócios da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Ernani Carvalho da Costa Neto. Para os exportadores de carnes, o cenário é promissor até 2021, mas o desafio será o atendimento às novas exigências sanitárias aos frigoríficos em função da pandemia do novo coronavírus.
“As exigências sanitárias tendem a ser cada vez maiores do que já são e os produtores nacionais devem estar preparados para isso, oferecendo produtos seguros e de qualidade”, diz ele, que já observa mudanças na dinâmica do comércio mundial.
Principal mercado para as carnes e a soja brasileira, a China deve aumentar a demanda pelos produtos e melhorar as projeções para os exportadores nacionais. “A peste suína dizimou cerca de 40% do rebanho local e esse déficit terá consequências no abastecimento interno que serão sentidas até, pelo menos, 2021. Esse cenário é uma boa oportunidade para os produtores brasileiros crescerem”, afirmou.