A produção brasileira de frango em 2017 irá apresentar um leve aumento em relação ao ano passado, atingindo algo em torno de 13 milhões de toneladas. Isso representa por volta de 100 mil toneladas a mais produzidas no Brasil. Ao longo do ano, o setor viveu um desgaste de imagem devido as divulgações equivocadas da Operação Carne Fraca, além de o país ter enfrentado uma grave crise política e econômica. Mesmo assim, o consumo per capita se manterá dentro dos 41 kg por pessoa.
Os resultados das exportações também foram dentro de bons níveis. O Brasil deve encerrar 2017 com embarques em torno de 4,384 milhões de toneladas, o mesmo patamar do ano passado, que foi recorde histórico. Em receita cambial, o país obteve um aumento de 7%, com dados fechados até outubro indicando um valor de US$ 6,1 bilhões. Os patamares atingidos com as exportações apontam a credibilidade e competividade do frango brasileiro no mercado internacional.
O grande diferencial em relação a 2016 foi a questão dos custos de produção, que estiveram mais baixos. No ano passado, o valor do milho e da soja subiram a patamares estratosféricos, sendo que nesse ano estiveram mais favoráveis aos produtores de carne de frango e suína. Diante de todas as questões econômicas e políticas vividas pelo país, além dos casos de delações envolvendo a JBS e a própria Operação Carne Fraca, é possível afirmar que em 2017 os resultados da avicultura foram plenamente satisfatórios.
Para o próximo ano as perspectivas são mais otimistas. Os índices econômicos do Brasil dão claros sinais de melhoria, devendo avançar significativamente ao longo de 2018. Isso deve gerar um novo estímulo para o consumo de carnes, permitindo novos ganhos para o setor produtivo. No cenário internacional, o Brasil continuará a atuar na abertura de novos mercados, principalmente nos continentes asiático e africano. O que se desenha é um próximo ano bem melhor, tanto no cenário doméstico quanto global, mantendo assim o contínuo crescimento da avicultura brasileira.
Boa leitura a todos!
Humberto Luis Marques
Marcos Jank, da Asia-Brazil Agro Alliance, faz uma análise completa da evolução do protecionismo em aves e suínos na Ásia, região que hoje é um dos principais destinos das exportações brasileiras do agronegócio. O país tem intensificado suas relações comerciais com os países asiáticos em sólidas parcerias.
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