O Rio Grande do Sul recebeu na última semana uma missão técnica da República Dominicana, que veio avaliar as condições da produção de proteína animal no estado, com especial interesse em carne suína. As técnicas do Ministério da Agricultura do país caribenho chegaram ao Brasil no dia 16 e passaram por vários estados produtores, reconhecidos como livres de febre aftosa sem vacinação. O Rio Grande do Sul já tem relações de exportação com o país e o maior volume de produtos é de miúdos e carnes de frango congelados.
Durante a tarde e noite da quarta-feira (25/01) as representantes receberam informações e dados técnicos sobre o trabalho relacionado à sanidade animal e vigilância agropecuária na sede da Superintendência Federal da Agricultura no RS. A superintendente, Helena Rugeri, mostrou a localização do Rio Grande do Sul e suas fronteiras. Ela destacou a excelente relação existente entre o serviço veterinário oficial estadual e federal, e também com o setor privado. O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS, José Roberto Goulart, mostrou números que destacam a importância da suinocultura para o Rio Grande do Sul e a seriedade com a qual o tema é tratado no estado.
Na sequência de apresentações, a diretora do departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Rosane Collares, falou sobre as principais características da produção pecuária do estado e pontuou o pioneirismo e o protagonismo do estado em diversas ações. “Temos certeza de que vocês viram muitas iniciativas nas visitas a outros estados, grande parte delas começou por aqui e virou exemplo para as demais unidades da federação”, disse Rosane às representantes da República Dominicana.
Uma destas iniciativas é o Programa Sentinela, apresentado pelo chefe da Divisão de Controle e Informações Sanitárias da Seapi, Francisco Nunes Lopes, que tornou-se modelo de vigilância de fronteira para outros estados em função da integração com as forças policiais e a realização de barreiras volantes. Também foi destacado trabalho de análise de movimentação de redes, realizado em parceria com a Universidade da Carolina do Norte.
As legislações relacionadas à sanidade animal foram apresentadas pelo chefe da Divisão de Saúde Animal da Secretaria da Agricultura, Fernando Groff. O programa de Sanidade Suídea, apresentado pela coordenadora do programa no RS, Juliane Webster Galvani. Ela destacou o trabalho realizado junto ao Conselho Técnico Operacional da Suinocultura do Fundesa, que debate e estabelece ações para o setor. O programa de Brucelose e Tuberculose também recebeu atenção da missão e foi apresentado por Ana Cláudia Groff, do PNCBT.
Por fim, o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS, Rogério Kerber, falou sobre o funcionamento do fundo e do apoio que a entidade dá ao trabalho de defesa sanitária e vigilância agropecuária. “Quase todos os processos apresentados têm, de alguma forma, a participação do Fundesa”, destacou.
Ao final, nas considerações e perguntas, a médica veterinária Farailda Heyer, do Ministério da Agricultura da República Dominicana destacou a qualidade das apresentações e disse ter tomado muitas notas. “É magnífico o apoio do Fundesa. Isso agrega um valor inimaginável ao serviço veterinário que tem limitações. O apoio privado faz diferença e torna mais fácil”, pontuou.
O coordenador dos trabalhos, pela superintendência do Mapa no RS, Gilson Souza, enviou dados complementares, legislações e demais informações solicitadas pelas integrantes da comitiva.