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Sadia admite interesse em arrendar Chapecó

Os bancos que trabalham no plano de reestruturação da Chapecó e os credores da empresa estudam essa opção para o frigorífico que enfrenta crise financeira.

Da Redação 05/02/2003 – Com exportações recordes em 2002, a Sadia conseguiu elevar em 15,5% o seu lucro líquido em 2002. O resultado ficou em R$ 234,1 milhões ante R$ 202,6 em 2001, informou a empresa. O faturamento foi de R$ 4,689 milhões, 16,7% acima de 2001.

Segundo o diretor-financeiro da Sadia, Luiz Murat Júnior, o resultado foi possível, apesar dos maiores custos, porque a empresa mudou o perfil de seu endividamento em 2002. Um indicador são as despesas financeiras, que caíram de R$ 250 milhões em 2001 para R$ 100 milhões. “Ao longo do ano, fomos mudando o indexador da dívida para o real”.

Mas os custos elevados e a dificuldade de repasse para os preços afetaram a margem bruta da Sadia. Em 2001, a margem foi de 35,1% e ficou em 30,7% ano passado. O Ebitda também caiu, de R$ 609,3 milhões em 2001 para R$ 461,4 milhões no último ano.

Trabalhando com 90% da capacidade instalada, a Sadia admite que pode ter interesse em arrendar unidades da Chapecó. Murat afirmou que a empresa pode ter “eventualmente algum interesse no arrendamento”.

Os bancos que trabalham no plano de reestruturação da Chapecó e os credores da empresa estudam essa opção para o frigorífico que enfrenta crise financeira. Murat lembrou que a Sadia já arrendou fábricas de outras empresas no passado. Em 1999, quando a Globoaves arrendou a Chapecó de Cascavel, a Sadia ficou responsável pela comercialização das aves.