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Agroindústrias

Sadia e Perdigão vão hoje ao Cade

A Companhia da Sadia e Perdigão pediu audiência hoje ao Conselho de Defesa Econômica.

O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin, disse ontem que representantes de Sadia e Perdigão, que anunciaram esta semana a união das empresas para criação de uma nova companhia, a Brasil Foods, pediram audiência para hoje com os conselheiros, para uma primeira apresentação da operação. Segundo Badin, deverão comparecer os presidentes dos conselhos de administração das empresas, Nildemar Secches (Perdigão) e Luiz Fernando Furlan (Sadia).

Badin afirmou que esse será o primeiro contato do Cade com as empresas, negando que tenha havido previamente ao anúncio da fusão qualquer conversa informal com representantes das companhia. ”Mas, o contato não elimina o rito que deve ser seguido que é a entrega, em 15 dias após a assinatura do primeiro documento, dos dados formais sobre a operação”, afirmou o presidente do Cade, em entrevista à imprensa na abertura de um seminário que discutirá as políticas de defesa da concorrência e defesa comercial do Brasil e da União Europeia.

A fusão entre as duas companhias que atuam na indústria alimentícia foi anunciada na última terça-feira e terá de ser julgada pelo Cade brasileiro e também por autoridades da concorrência de outros países, como a União Europeia (UE).

Badin disse que não concorda com as avaliações de especialistas de que este será o caso mais desafiador para o conselho. ”Não vejo nenhuma especificidade neste caso que o torne particularmente desafiador, mas é um caso obviamente importante e grande pelo tamanho das empresas envolvidas pela concentração em alguns mercados que ela pode gerar”, comentou.

E completou: ”Mas posso garantir que a fusão será analisada com a mesma tranquilidade, a mesma independência e a mesma tecnicidade com que são analisados todos os casos pelo Cade”, afirmou. Ele acrescentou que as informações que têm até agora sobre concentração de mercados com a fusão são as publicadas pela imprensa. ”As informações que tenho são as mesmas que vocês (jornalistas) têm e, por isso, seria leviano da minha parte fazer qualquer análise agora”, afirmou.