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Sadia põe à venda fábrica na Rússia inaugurada em 2007

Empresa estaria insatisfeita com o relacionamento com os distribuidores de alimentos Miratorg, sócios russos.

Redação (18/03/2009) – Pouco mais de um ano depois de investir R$ 92 milhões em uma fábrica na Rússia, a Sadia está saindo do negócio. A venda do ativo operacional é uma das alternativas de capitalização em estudo pela companhia. A empresa já havia anunciado que pretende vender uma participação no banco e corretora Concórdia, além de outros ativos não operacionais, como um terreno na Vila Anastácio, em São Paulo, onde fica sua sede administrativa. A empresa tenta levantar R$ 1 bilhão com a venda desses ativos.

Procurada, a Sadia confirmou que a venda da fábrica da Rússia está "em estudos, como parte do plano de capitalização". Este é o primeiro ativo operacional que a empresa coloca à venda. Quando foi revelado que a empresa havia contratado um banco para vender alguns ativos e também uma participação acionária na própria companhia, a Sadia declarou que colocaria à venda apenas ativos não operacionais.

O investimento na fábrica localizada em Kaliningrado – um enclave russo entre a Polônia e a Lituânia, à beira do Mar Báltico – foi o primeiro grande passo na estratégia de internacionalização da Sadia. O negócio foi anunciado em 2006, em meio à crise provocada pela gripe aviária e depois do fracasso da oferta hostil feita à rival Perdigão. A inauguração da fábrica ocorreu em dezembro de 2007. À época, a empresa tinha planos para construir pelo menos mais duas fábricas no exterior, sendo uma, provavelmente, nos Emirados Árabes.

Com financiamento do International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial, a fábrica processa carnes com matérias-primas do Brasil e abastece o McDonald””””s da Rússia. A unidade também ajudou a fazer da Sadia, que já era forte no país, a marca estrangeira mais conhecida no mercado russo. A Sadia estaria, no entanto, insatisfeita com o relacionamento com seu sócio russo, a distribuidora de alimentos Miratorg, que detém 40% do negócio.