Redação (12/12/2007)- A Sadia S/A prevê um crescimento real de 12% em 2008. A expectativa da companhia é aumentar as vendas para os mercados interno e externo no mesmo patamar, na comparação com o desempenho registrado em 2007. Em 2008, a empresa deverá investir R$ 1,6 bilhão em projetos novos e outros em andamento, sempre com foco em seu core business.
Os recursos serão aplicados no segmento de industrializados, na construção da unidade agroindustrial de Lucas do Rio Verde, no segmento de bovinos e em projetos diversos – a exemplo dos empreendimentos da Rússia e do Oriente Médio-, em infra-estrutura, em tecnologia da informação e em matrizes. Os investimentos deverão gerar uma receita adicional de R$ 3 bilhões já em 2009.
“Nossa meta é crescer interna e externamente e continuar investindo em nosso core business, tanto no Brasil como no exterior”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Sadia, Walter Fontana Filho. Entre os projetos que começarão a ser implementados no País em 2008 está a fábrica de produtos industrializados em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, que será a primeira do setor de carnes a neutralizar 100% de suas emissões de carbono e que contará com investimentos de R$ 230 milhões. Além disso, a companhia planeja um novo frigorífico de bovinos, com capacidade para abater 2 mil cabeças/dia.
No exterior, a Sadia deverá dar início à implantação de sua segunda fábrica fora do Brasil, nos Emirados Árabes, que terá investimentos de R$ 100 milhões e irá produzir industrializados feitos de aves e bovinos. Na Holanda, a companhia irá investir mais R$ 4 milhões para dobrar a capacidade de produção da unidade, totalizando 20 mil toneladas/ano.
O projeto de internacionalização da Sadia baseia-se não apenas na aquisição de ativos e na construção das unidades no exterior – além de Rússia e Oriente Médio, a empresa planeja implantar uma terceira fábrica em 2009, em local a ser definido. O processo abrange também a consolidação da marca em mercados como o árabe, onde Sadia é sinônimo de categoria para aves, e como o russo, onde os produtos da empresa estão entre os mais vendidos dentro de suas categorias em todos os estabelecimentos comerciais. Além disso, a companhia está investindo no desenvolvimento profissional dos funcionários que atuam em suas unidades e escritórios internacionais por meio de projetos diversos. Um bom exemplo nesse sentido é o Programa Trainee Internacional, que, a partir de março, oferecerá oito vagas na Rússia, Alemanha, China e Oriente Médio.
Balanço positivo
O ano de 2007, na opinião do diretor presidente da Sadia, Gilberto Tomazoni, termina com resultados alinhados às previsões da empresa. O crescimento das vendas registrado no período deverá ficar entre 12% e 14%, sendo entre 8% e 10% no mercado interno e entre 16% e 18% no mercado externo. A margem EBITDA deverá ser de 12% a 13%.
“Promovemos muitas melhorias em nossos processos, em nossa gestão e investimos fortemente em nossa força de vendas. Além disso, tivemos o aumento do poder aquisitivo do brasileiro e um aumento considerável da demanda internacional por aves. Todos esses fatores contribuíram para nossos resultados”, salienta Gilberto Tomazoni, acrescentando que o segmento de maior destaque deverá ser o de industrializados, que, de janeiro a setembro deste ano, teve crescimento de 42% no mercado externo e de 13% no mercado interno.
A Sadia também encerra o ano com diversas conquistas no campo do desenvolvimento sustentável, cujas iniciativas tiveram início com o Projeto Carbono Sadia, em 2003. De lá para cá, as ações evoluíram para o ingresso da companhia no Food Lab (iniciativa internacional para repensar o sistema produtivo de alimentos), a criação do Comitê de Sustentabilidade, o nascimento do Instituto Sadia e a estruturação do Programa 3S – Suinocultura Sustentável Sadia, que prevê a redução das emissões de gases do efeito estufa e a comercialização de créditos de carbonos com o envolvimento dos produtores integrados parceiros da companhia.
Em 2007, a Sadia iniciou a estruturação do Brazilian Business Coalition para trazer ao Brasil a experiência do Food Lab, aderiu aos Compromissos Voluntários em prol da Sustentabilidade, criou um Regulamento Gerencial de Investimento Social e fez a primeira chamada pública para apoiar projetos sociais. Por fim, ingressou no grupo de empresas de capital aberto que são comprometidas com a sustentabilidade. Desde o início deste mês, a companhia integra a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), indicador composto de ações emitidas por empresas que se preocupam e investem em práticas sustentáveis.