Redação (27/04/07) – A empresa lembrou que os primeiros três meses do ano passado foram difíceis exatamente em virtude dos entraves enfrentados no mercado internacional, à época muito restrito por conta do temor europeu em relação à gripe aviária e das barreiras da Rússia aos suínos brasileiros – que ainda restringem as vendas no segmento. Mas, apesar da baixa base de comparação, encarou os resultados divulgados ontem (dia 26) como uma "aceleração de crescimento".
Tanto o presidente da Sadia, Gilberto Tomazoni, quanto Welson Teixeira Junior, diretor de relações com investidores da companhia, destacaram que, com a recuperação observada, a margem Ebitda aumentou de 5,5%, no primeiro trimestre de 2006, para 12,2% de janeiro a março deste ano, enquanto o endividamento líquido voltou a ficar abaixo de 50% do patrimônio líquido, como estabelecido pelo conselho de administração.
Em teleconferência com jornalistas, os executivos também informaram que a empresa segue investindo para reduzir custos e melhorar a eficiência das operações para compensar a alta do milho – que em sua avaliação deve perder fôlego – e o dólar pouco atraente às exportações.
Tomazoni e Teixeira afirmaram, ainda, que a Sadia continua estruturando os processos em seu negócio de carne bovina – e que poderá realizar aquisições no segmento – e que começará a operar sua fábrica na Rússia (sua primeira unidade no exterior) no segundo semestre deste ano.
No primeiro trimestre, a companhia investiu, no total, R$ 177 milhões, boa parte destinada à fábrica russa. O montante, 18,1% menor que em igual intervalo de 2006, também serviu para ampliar e modernizar unidades existentes e para acelerar o complexo agroindustrial que está sendo erguido em Lucas do Rio Verde (MT).
E, para "complementar o modelo empresarial da organização", como explicou Tomazoni, a a Sadia também vai solicitar ao Banco Central autorização para criar uma holding financeira e um banco múltiplo.