Da Redação 23/03/2004 – 06h00 – A Seara Alimentos comunicou ontem à Bovespa que “o acionista controlador e a administração da Seara, em função do seu excelente posicionamento nos mercados brasileiro e de exportação e do seu potencial de crescimento futuro, estão analisando diversas opções estratégicas”.
O comunicado foi divulgado após o jornal Valor Eonômico noticiar, ontem, dia 22, que as ações da Seara na bolsa dispararam semana passada por conta de rumores de que a venda da empresa estaria prestes a ser fechada. A principal candidata à compra seria a americana Cargill. E também haveria interesse da Sadia, segundo fontes do setor. A Cargill não confirmou a informação e a Sadia afirmou que “não comenta rumores”.
A empresa não define o que são “opções estratégicas” no comunicado assinado pelo diretor de relações com investidores, Ivo José Dreher, e afirma que “até o momento nenhuma decisão a respeito foi tomada”. A nota à bolsa acrescenta que “ocorrendo uma decisão em relação às opções estratégicas ora em análise, a mesma será comunicada imediatamente aos seus acionistas, clientes, investidores, funcionários, fornecedores e ao mercado em geral.”
Ontem, as ações PN da Seara recuaram 1,47% na Bovespa, segundo o Valor Data. No mês, contudo, a alta é de 9,84% e no ano, de 34%. O valor de mercado da empresa na bolsa era de R$ 575,3 milhões na sexta-feira, alta de 161,5% em um ano. Os ganhos – também verificados em outros frigoríficos – se devem, em grande parte, às perspectivas de bom desempenho da empresa nas exportações por conta da gripe aviária na Ásia e nos EUA.
A Seara, controlada pela Mutual, empresa pertencente a acionistas da Bunge Limited, é, há vários anos, alvo de assédio de compradores. Ano passado, era a Tyson Foods que estava no páreo.