Em meados de 1980, a suinocultura independente se via em uma situação alarmante. Foi em 1983 que a Associação Mineira de Criadores de Suínos conduziu um estudo onde analisou as principais dificuldades do suinocultor naquele momento – “que os impedia de prosseguir na sua atividade permanentemente, tornando a atividade suinícola eventual ou quase que cessando completamente o investimento [Revista Suinocultura Industrial. Ed. Setembro.1983]”. Naquela época o mercado se resumia em estabilização do criador com progresso em pouco tempo e, ainda menos tempo, tudo o que ganhava sucumbia a uma nova crise. Mas, na contramão daquela realidade estava o produtor que, se dedicando a industrialização de suínos, conseguia permanecer mais forte no mercado. A partir dessas estatísticas, pesquisadores e incentivadores da produção suinícola chegavam a conclusão de que o abate seguido da industrialização poderia ser uma solução para manter o produtor ativo no mercado. Deu-se a partir daí uma sucessão de incentivos para se chegar ao modelo de produção que conhecemos atualmente com o produtor não apenas produzindo o animal de corte, mas também investindo em agregar ainda mais valor a sua cultura.
O Frigorífico Santa Rosa bem que poderia ser um exemplo àquela alternativa apontada na década de 80. Sediada em Leme, interior de São Paulo, dono da marca Softpig, encontrou um nicho e mercado onde pode oferecer um atendimento diferenciado e pontual, se diferenciando de grandes agroindústrias em tempo de atendimento e satisfação. Fundado em 1997, o frigorífico foi pensando para atender aos anseios de uma das principais regiões do país, produzindo carcaças, cortes, embutidos cozidos e defumados de carne suína, com características peculiares, focando em um único objetivo: “oferecer segurança na hora da compra e, principalmente, o máximo de sabor para a mesa do consumidor!”.
“Começamos há mais ou menos vinte anos com a proposta de ser um frigorifico regional. Éramos pequenos, fomos crescendo ao longo do tempo para hoje atender um raio de aproximadamente 100 quilômetros da região de Leme”, conta Pedro Gabone, diretor Administrativo. O frigorífico atende até as extremidades de Campinas, Araraquara, Ribeirão Preto, Mogi Mirim, Mogi Iguaçu além do entorno de cidade que está localizado. “Temos como diferencial a questão de ser um frigorifico que tem criação própria, que faz com que os produtos cheguem frescos, de uma forma rápida, atendendo nossos clientes em poucas horas”, acrescenta.
A marca Softpig se deu através da visão empreendedora de seu proprietário Paulo Alves Esteves, que enxergou no interior paulista um mercado potencial para desenvolver um produto com as mais exigentes normas sanitárias. “O espírito da empresa sempre foi de um empreendedorismo muito forte. A granja, que já tem mais de 40 anos, desde o início procurou fazer um tipo de negócio que fosse diferente dos outros buscando sempre inovar. Sendo que em algum momento sentiu-se a necessidade de sair da porteira para dentro e começar a buscar da porteira para fora, agregar valor ao produto até como forma de sobrevivência”, conta Gabone.
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