A suinocultura brasileira registrou em 2015 um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 62,57 bilhões e gerou 126 mil empregos diretos e mais de 900 mil indiretos. Esses dados foram apresentados na segunda-feira (29/11), durante o lançamento do Mapeamento da Suinocultura Brasileira que apresenta em suas páginas dados atualizados de plantel, volume produzido, bem como os sistemas e modelos de produção de Norte a Sul do país.
Com o objetivo de fortalecer a cadeia e mostrar a representatividade do setor na economia nacional o material foi produzido pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), com apoio do Sebrae Nacional e em parceria com a Markestrat, empresa especializada em estudos de segmentos agroindustriais.
“Precisamos de números para dar subsídio a qualquer proposta que levamos para o Ministério da Agricultura ou da Fazenda, por exemplo. Com o Mapeamento temos a segurança de afirmar os números do setor como quantos empregos a suinocultura gera no país, quanto de imposto, o PIB da atividade e outros dados e informações importantes que nos ajudaram a comprovar a importância do setor para a economia nacional”, afirma o Diretor-executivo da ABCS, Nilo de Sá.
Baseado em entrevistas e dados de suinocultores especialistas em produção, associações de classe e frigoríficos, o Mapeamento constatou que em 2015 a suinocultura brasileira registrou um plantel reprodutivo de mais de 1,7 milhão de matrizes tecnificadas; o abate de 39,3 milhões de animais e uma movimentação de R$ 149,86 bilhões em toda a cadeia produtiva. De acordo com o sistema de produção, a suinocultura independente representa 38% da atividade, cooperativas 23% e integração 39%.
“O Mapeamento surge inicialmente da necessidade de consolidar os dados existentes na cadeia produtiva por meio de informações mais qualificadas, para compor o processo de inteligência estratégica e com isso potencializar a competitividade dos pequenos produtores de suínos”, ressalta gerente da Unidade de Atendimento Setorial Agronegócios do Sebrae, Augusto Togni. Assista a entrevista:
Para o país, a estimativa para este ano é que a produção cresça 14% em relação a 2011, chegando a 3,8 milhões de toneladas. Já as exportações deverão atingir um valor recorde em 2016, aproximadamente 700 mil toneladas. Em relação ao consumo, é possível afirmar que nos últimos 20 anos o brasileiro aumentou em 113% a ingestão de carne suína.
A produção do Mapeamento contou com um investimento de R$ 190 mil, desde o planejamento até a entrega final do trabalho. O projeto contou também com apoio de outras entidades ligadas ao setor, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) e o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan).