Os preços do suíno vivo e da carne encerraram a primeira quinzena de outubro em queda, contrariando o movimento de alta observado no mesmo período de anos anteriores. Pesquisadores do Cepea destacam, no entanto, que, em agosto e setembro, os valores registraram fortes altas, e os recuos de agora representam certa acomodação dos preços. O movimento recente de queda foi acentuado também pelas exportações abaixo do esperado em setembro, devido à greve dos fiscais agropecuários. No mercado doméstico, diante dos valores reajustados, o consumidor começa a limitar as compras desta carne.
Para os próximos dias, a expectativa de agentes consultados pelo Cepea é que a liquidez no mercado de suíno vivo volte a aumentar. Além da normalização dos embarques, frigoríficos devem elevar as compras de animais para abate, visando principalmente à formação de estoques para as festividades de fim de ano.
Entre 8 e 15 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do suíno vivo caiu 1,9% em Santa Catarina, 1,8% em Minas Gerais e 1,6% em São Paulo, fechando a R$ 3,55/kg, a R$ 4,40/kg e a R$ 4,37/kg, respectivamente, nessa quinta-feira, 15. No Paraná e no Rio Grande do Sul, os preços médios recuaram 1,5% e 0,8%, com o animal passando a ser negociado a R$ 3,84/kg e a R$ 3,55/kg, nesta ordem. No acumulado da primeira quinzena de outubro, a desvalorização chegou a 4,7% no PR.
No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína se desvalorizou 1,6% em sete dias, com o quilo do produto cotado a R$ 6,66 nessa quinta-feira. Já para a carcaça especial, a variação foi positiva em 0,6%, a R$ 6,45/kg.
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Indicadores de Preços do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ |
Carcaça Comum |
Carcaça Especial |
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MG |
SP |
PR |
SC |
RS |
SP |
SP |
8/out |
4,48 |
4,44 |
3,90 |
3,62 |
3,58 |
6,41 |
6,77 |
15/out |
4,40 |
4,37 |
3,84 |
3,55 |
3,55 |
6,45 |
6,66 |
Var. Semanal |
-1,8% |
-1,6% |
-1,5% |
-1,9% |
-0,8% |
0,6% |
-1,6% |
Preço recebido pelo produtor (R$/Kg), sem ICMS
Fonte: Cepea/Esalq.
Para mais informações, acesse: www.cepea.esalq.usp.br/suino