A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse nesta sexta-feira que reduzirá as restrições impostas às importações de carne bovina e suína dos Estados Unidos. Em uma entrevista à rede de televisão do país, ela disse que instruiu o governo a flexibilizar as regulamentações para permitir a importação dos produtos suínos norte-americanos que contêm vestígios de um aditivo para ração animal, além de produtos de bovinos de gado com 30 meses ou mais.
O anúncio foi feito cerca de duas semanas após a presidente ter dito que desejava iniciar negociações sobre um acordo de livre comércio com os EUA. O movimento seria parte de um esforço mais amplo para fortalecer os laços com Washington e resistir à coerção da China, o maior parceiro comercial de Taiwan. Nesse sentido, as autoridades do país acreditam “que a abertura é uma decisão alinhada com os interesses nacionais gerais e objetivos de desenvolvimento estratégico para o futuro”, disse Ing-wen nesta sexta-feira.
Os EUA são o segundo maior parceiro comercial de Taiwan, com comércio de bens e serviços totalizando cerca de US$ 94,5 bilhões em 2018, de acordo com dados do governo norte-americano. As autoridades dos EUA consideravam as restrições impostas pelos taiwaneses como a principal barreira para estreitar os laços comerciais com o país.
Até o momento, entretanto, Taiwan vinha resistindo aos apelos para aliviar as restrições, alegando preocupações com a segurança alimentar e levando em consideração a oposição da indústria doméstica de criação de suínos.