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Torlim fecha portas em Amambai (MT)

O frigorífico se comprometeu a pagar as rescisões dos 300 demitidos e saudar as dívidas que assumiu.

Redação (27/03/2009) – Depois do Independência, que demitiu 2.6 mil pessoas nos últimos dois meses, o frigorífico Torlim também dispensou 300 funcionários nessa quarta-feira, em Amambai.

A empresa pertence ao grupo Garantia, que vai fechar as portas no município. A empresa também tem unidade em Itaporã. Desde o final do ano passado o frigorífico já vinha reduzindo os abates.

O Torlim se comprometeu a pagar as rescisões dos demitidos e dívidas que assumiu, a partir da próxima semana, mas haverá parcelamento dos salários em alguns casos.

De acordo com a entidade a direção da empresa anunciou que quem recebe até R$ 500,00 por mês receberá o acerto em parcela única, quem recebe até R$ 1.000,00 receberá em duas parcelas e quem recebe salários de até R$ 1.500,00 receberá em três parcelas.

O Sindicato que representa os trabalhadores de frigoríficos teme que a promessa não seja cumprida, porque dos 165 funcionários que entraram em férias no dia 23 de fevereiro, apenas 78 receberam as férias.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Amambai contratou uma assessoria jurídica para acompanhar os trabalhadores.

No dia 2 de março, o Torlim deu férias coletivas a cerca de 210 empregados. Outros 80 tiveram de assinar aviso prévio.

Ao liberar os empregados, a direção garantiu a retomada das atividades em abril

A paralisação já tinha ocorrido na unidade do Torlim em Itaporã, mas há 20 dias os funcionários voltaram à ativa.

O Torlim é paulista e há 15 anos funciona em Mato Grosso do Sul. Em média, a unidade de Amambai abatia 400 cabeças. O frigorífico também está em Umuarama e Maringá, no Paraná, onde não houve qualquer medida de contenção de gastos.

No dia 15 de março a Justiça mandou bloquear qualquer aplicação financeira do frigorífico Torlim Alimentos, até o limite de R$ 13.690,62.

A ação foi ajuizada por causa de irregularidades no pagamento das verbas rescisórias dos cerca de 150 trabalhadores demitidos do frigorífico situado em Itaporã.

A empresa descumpriu o acordo ao deixar de efetuar o pagamento da última parcela, vencida no dia 20 de dezembro e agora se vê obrigada a pagar multa de 15% sobre a última parcela do acordo firmado com sindicato da categoria para o pagamento aos trabalhadores demitidos.