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Trabalhadores pressionam a Chapecó

Funcionários demitidos exigem que os credores aceitem a proposta de deságio da dívida.

Da Redação 15/10/2003 – 03h59 – Os trabalhadores demitidos da Chapecó Alimentos estão se articulando para pressionar os fornecedores da empresa a aceitar o deságio das dívidas, para que seja viabilizada a transferência ao grupo francês Coinbra/Dreyfus.

A manifestação estava programada para o início da semana, mas foi adiada em virtude de uma reunião que acontece hoje (15/10), às 15 horas, em Brasília, com a presença da direção da Chapecó, banco Fator (que intermedia as negociações), representantes do governo e prefeitos da região.

O prefeito de Chapecó e presidente da Associação dos Municípios do Oeste Catarinense (Amosc), Pedro Uczai, disse que a reunião visa definir as ações na reta final das negociações. Além de alguns fornecedores, falta apenas definir detalhes com instituições financeiras como Aeros, Serpros e o próprio Besc, em virtude da federalização.

Uczai disse que os trabalhadores estão ansiosos mas as lideranças políticas não querem radicalizar antes de buscar uma solução negociada.

O prefeito disse que não é justo alguém querer receber 100%, enquanto outro abre mão de 80% do valor. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Carnes de Xaxim, Pedro Kalinoski, disse que a categoria espera uma solução ainda nesta semana.

Empresa representa 64,9% do movimento econômico

Sem solução, os trabalhadores vão às ruas e podem adotar medidas fortes. Kalinoski disse que os demitidos receberam apenas 23% dos R$ 3,6 milhões dos direitos trabalhistas. A categoria está pressionando os cinco fornecedores da região (Xaxim, Xanxerê, Caçador e dois de Chapecó), para que aceitem o deságio.

“O pessoal da região tem que estar sensível ao impacto social do fechamento da empresa”, disse Kalinoski. Somente em Xaxim, a Chapecó Alimentos representa 64,9% do movimento econômico.