A fiscalização do transporte e o abate clandestino de carne suína em Macapá e Santana serão alvos de uma fiscalização a partir da segunda quinzena de fevereiro. A ação, realizada pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro), quer conscientizar os produtores de suínos, garantir o controle sanitário e evitar riscos à saúde de consumidores.
Segundo a Diagro, a inspeção terá caráter de conscientização e é voltada, especialmente, a quem transporta esses animais nos portos na orla da cidade. Também serão investigadas as pessoas que comercializam a carne de forma irregular em açougues e feiras, seja na capital ou no interior.
A agência aponta que a carne dos suínos tem alto risco de contaminação quando não é retirada de matadouros legalizados. Atualmente o Amapá tem apenas um abatedouro dentro dos padrões exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Assim como a peste suína, doenças como a tuberculose e cisticercose são comuns na carne de porco clandestina e podem ser transmitidas à quem as consome, explicou o diretor da Diagro, José Renato Ribeiro.
“Não só em relação à peste suína, mas também a outras doenças vesiculares que podem acometer o rebanho do estado, sem falar em doenças que podem atingir o ser humano como a tuberculose ou a cisticercose, comum na carne de suínos, e que podem ser transmitidas ao ser humano”, detalhou o diretor.
Ainda segundo Ribeiro, é recomendável que o consumidor dê preferência às carnes de porco com o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que garante a qualidade e procedência. Para saber se o produto está regularizado, o número do SIF pode ser verificado diretamente no site do Ministério da Agricultura.
Em relação à comercialização do animal abatido e do bem estar do animal vivo, a fiscalização é feita pela Vigilância Sanitária dos municípios, em parceria com a Delegacia de Defesa do Consumidor (Decom), Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) e Ministério Público Estadual (MPE/AP), que também participarão da ação.
Para o transporte dos animais, proprietários devem possuir o Guia de Trânsito Animal (GTA), com apresentação de certificados de vacinação e atestado de sanidade dos bichos.
A inspeção verificará também os produtos lácteos que estariam entrando clandestinamente ao Amapá vindo de municípios paraenses. A Diago também informou que vai apurar a contaminação de produtos de origem vegetal e animal pela mosca da carambola e qualquer produto fora dos padrões sanitários, além de outras pragas e doenças.