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Equipamento

Trator com motor flex terá até 70% de etanol

<p>AGCO Sisu Power e a Delphi apresentam novo protótipo de motor para tratores.</p>

A AGCO Sisu Power e a Delphi apresentam na próxima semana o protótipo de um motor desenvolvido especialmente para tratores movidos a etanol e diesel. O projeto elaborado pelas companhias é destinado ao mercado sucroalcooleiro, setor que conta atualmente com uma frota de 35 mil tratores. A primeira demonstração do motor flex desenvolvido pelas companhias será realizada no Ethanol Summit, evento que reunirá especialistas, empresários e pesquisadores de todo o mundo em São Paulo, a partir da próxima segunda-feira.

A expectativa de crescente demanda por máquinas mais eficientes e menos poluentes fez as companhias iniciarem as pesquisas neste segmento em 2001. As empresas estimam que o investimento total no projeto deve ficar em cerca de R$ 250 mil no projeto, que teve início em outubro de 2008. O modelo que será apresentado no Ethanol Summit poderá ser abastecido com 50% de etanol, mas o projeto original prevê que a mistura do combustível ao diesel poderá chegar a 70%.

O grupo trabalha com um cenário positivo, já que a Valtra, marca controlada pela AGCO, domina o comércio de máquinas para os grupos sucroalcooleiros. A empresa detém 60% do mercado, cuja venda média anual está em torno de um mil tratores. Jak Torreta, diretor de marketing da AGCO Sisu Power, lembra ainda que as usinas de cana trabalham intensivamente, 24 horas sem interrupção. ‘‘Enquanto no setor de grãos, as máquinas rodam em média 1 mil horas por ano. Na cana, a movimentação no campo é de 4 mil horas por ano”, compara o executivo.

‘‘O projeto é voltado para o setor sucroalcooleiro porque as usinas têm a vantagem econômica de produzir o combustível”, afirma Torreta. Ele destaca ainda que o custo não é tão elevado porque o desenvolvimento parte de tecnologias que já são desenvolvidas pelas empresas. Ele conta que montadora foi a primeira companhia a ter tratores aptos para trabalhar com o biodiesel, idealizado a partir de um projeto iniciado em 2001. As pesquisas da multinacional são realizadas na divisão de motores, que fica na Finlândia, e envolvem investimentos da ordem de ‘‘milhões de euros”, segundo ele, que evitou especificar valores.