O Conselho Nacional de Política Industrial (CNDI), liderado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), divulgou nesta semana o plano “Nova Indústria Brasil”, delineando metas para a política industrial do país. Entre os seis eixos apresentados, o documento inicia destacando a agroindústria como a primeira missão, identificando três áreas prioritárias, em colaboração com os ministérios da Agricultura e Pecuária e do Desenvolvimento Agrário.
Com o intuito de elevar a participação do setor agroindustrial de 23% para 50% no Produto Interno Bruto agropecuário, o MDIC planeja investir em máquinas agrícolas, equipamentos de precisão e biofertilizantes.
Ao abordar a indústria de tratores e implementos no país, em que a maioria é representada por multinacionais como John Deere, CNH Global (com as marcas Case New Holland) e AGCO (Fendt, Massey Fergusson, Valtra), o MDIC reconhece o desafio de desenvolver máquinas e insumos nacionais para reduzir a dependência internacional. O plano estabelece uma meta ambiciosa na missão 1 da política, visando “suprir pelo menos 95% do mercado de máquinas e equipamentos para agricultura familiar com produção nacional”.
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Mercado ‘bio’ Projetos de soluções biotecnológicas para nutrição e defesa de plantas e proteínas animais, bem como máquinas e equipamentos para agricultura familiar, poderão ser financiados com recursos reembolsáveis a juros de Taxa Referencial (TR) mais 2% ao ano. Esse percentual é apresentado como um estímulo diante das dificuldades percebidas pelo MDIC em aumentar o uso de bioinsumos na produção de alimentos e na agropecuária.
O MDIC destaca ainda a possibilidade de financiamento com recursos não reembolsáveis para fertilizantes e defensivos com nanotecnologia ou biotecnologia, produtos de maior valor agregado baseados em biomassa, melhoramento genético animal e vegetal, e a redução da pegada de carbono na atividade agropecuária.