A processadora de carne suína da Tyson Foods em Columbus Junction, Iowa, EUA, suspendeu as operações por uma semana a partir desta segunda-feira, 6 de abril, devido a mais de duas dúzias de casos de COVID-19 confirmados em pessoas que trabalham nessa unidade industrial.
“Em um esforço para minimizar o impacto em nossa produção geral, estamos desviando o suprimento de animais originalmente programado para entrega em Columbus Junction para algumas de nossas outras fábricas de suínos na região”, disse Noel White, CEO da Tyson, em comunicado, segundo texto publicado pelo portal norte-americano porkbusiness.
Os produtores locais estão preocupados com o impacto que esse fechamento terá na capacidade de vender suínos. “Isso afetará a todos”, disse Shane Brinning, produtor independente de carne de porco de West Chester, Iowa. Dean Sieren, produtor de carne suína de Keota, Iowa, afirmou que o fechamento da fábrica torna os tempos mais difíceis. “Estamos preparados para vender porcos 52 semanas ao ano. O fechamento de uma fábrica cria um golpe dramático nos criadores de suínos da região. Não há espaço suficiente para absorver uma planta”, alertou Sieren.
Além de medir a temperatura dos trabalhadores em todos os locais da Tyson antes de entrar nas instalações da empresa, o CEO da companhia disse que intensificou a limpeza e higienização profunda de suas instalações, especialmente em salas de descanso de funcionários, vestiários e outras áreas. “Estamos trabalhando duro para proteger os membros de nossa equipe durante essa situação, além de continuarmos cumprindo o nosso papel de ajudar a alimentar pessoas em todo o país”, disse Noel White.
Segundo o executivo, a Tyson continua a explorar e implementar maneiras adicionais de promover mais distanciamento social nas plantas, o que inclui erguer divisórias entre estações de trabalho ou aumentar o espaço entre os trabalhadores na área de produção, o que pode envolver a desaceleração das linhas de produção.