O presidente-executivo da companhia norte-americana de carnes Tyson Foods, Donnie King, disse que está comprometido em ajustar o desempenho da empresa para a produção de carne de frango do país.
“Nós não estamos onde queremos estar do ponto de vista do desempenho, do ponto de vista da execução”, disse King. Segundo o CEO, a Tyson tem capacidade para produzir 47 milhões de frangos e não está produzindo. “Temos que ser os melhores”, garantiu.
O objetivo é desafiador, já que os lucros de carne bovina da Tyson devem cair este ano, enquanto a empresa comprometeu milhões de dólares para expandir sua produção avícola.
Problemas com a reprodução das aves, incertezas com a troca constante de CEOs e linhas de processamento pouco equipadas foram alguns dos problemas da empresa nos últimos anos. Com a demanda por frango em alta, a Tyson teve até que comprar aves de processadoras rivais recentemente, afirmou King.
A Tyson registrou uma perda operacional de US$ 625 milhões em seus negócios de frango no ano fiscal de 2021, enquanto a receita das rivais Pilgrim’s Pride e a Sanderson Farm ‘s em 2021 foram de US$ 211 milhões e US$ 599 milhões, respectivamente.
A empresa disse, em dezembro, que planeja gastar US$ 1,3 bilhão para automatizar partes das linhas de produção e cortar US$ 1 bilhão em custos da empresa em geral até 2024.
O negócio de carne bovina da Tyson impulsionou a empresa desde a pandemia, com um lucro de mais de US$ 3 bilhões em 2021. Como a oferta de gado deve diminuir nos próximos meses e mais consumidores devem mudar para opções de carne bovina mais caras, a empresa precisará se apoiar no setor de aves, dizem executivos do setor.
Analistas do Goldman Sachs disseram que a Tyson está progredindo na automação de alguns dos trabalhos mais difíceis em suas fábricas de frango, incluindo a desossa, e que o negócio está se recuperando.
Apesar das melhorias, analistas da Piper Sandler avaliam que o progresso da Tyson em frangos será mais do que compensado pela queda nos lucros de suas divisões de carne bovina e suína.