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Tyson mira crescimento global, passando pela América Latina

<p>A divisão internacional da empresa quer atuar no México, Brasil, Argentina e também na China.</p>

Redação (22/11/2007) – A Tyson International, divisão global da americana Tyson Foods, pretende ser uma das maiores processadoras de carne de frango do Brasil, ser a principal fornecedora do produto na China e a maior processadora de carne bovina da Argentina até 2010. Estas são apenas algumas das metas da empresa para os próximos anos, pois, de acordo com o presidente da divisão, Rick Greubel, os investimentos devem ser feitos em países que tenham totais condições de expansão de mercados (interno e externo).

 

Hoje, a Tyson atua fortemente no norte do México, porém, sem expectativas de maior crescimento, por isso, Greubel destaca futuros investimentos no centro sul deste país. "Para alavancarmos o crescimento desta base que já possuímos no México é necessário mais investimentos no centro-sul do país, através da aquisição de novas empresas ou de formação de joint-ventures", explica.

 

No Brasil, a empresa é ambiciosa e quer estar entre os quatro maiores produtores de aves, tanto para abastecer o mercado interno como o internacional. Com a inflação em baixa e o crescimento econômico "pareado" com os EUA, O Brasil torna-se um País de muitas oportunidades. "Se conseguirmos exportar nossos produtos produzidos no Brasil, poderemos atingir mercados que, hoje, temos acesso limitado ou nenhum acesso como, por exemplo, o europeu e o do Oriente Médio", afirma o presidente da Tyson.

 

Na Ásia, onde a Tyson International também pretende construir uma fábrica, o executivo observou que o consumo per capita de frango ainda é baixo, (cerca de oito quilos). "Em Hong Kong, o consumo médio per capita de carne de frango é de 36 kg a 38 kg. O mesmo não se pode dizer da China, que hoje se encontra no patamar de 8 kg. Porém, o país está em desenvolvimento acelerado, ou seja, o consumo de frango tende a crescer mais e mais. E, sendo a China um país super populoso, ao estimarmos que cada pessoa passe a comer de 2 a 3 quilos a mais de frango por ano, teremos uma enorme possibilidade de crescimento da indústria avícola por lá".

 

Além desta tendência crescente de consumo, Greubel salienta a urbanização da China. "As pessoas estão se mudando das comunidades rurais em para megacidades da Ásia, principalmente da China. Um recente relatório da ONU diz que até 2025 a população total nas cidades do leste asiático irá crescer 45%. Com a urbanização, menos pessoas vão comprar o frango vivo e mais pessoas comprarão o produto em supermercados e/ou estarão comendo em restaurantes. Portanto, podemos observar outras áreas de mercado com futuro promissor”, observa Greubel.

 

A empresa garante que seu enfoque principal será a avicultura, embora esteja animada e interessada na produção de carne bovina na Argentina. Para tanto, a empresa pretende firmar uma joint-venture em terras argentinas até o final de janeiro de 2008. Já para o Brasil e para a China, o executivo garante que a estratégia da companhia é a de estabelecer primeiro os seus negócios avícolas e, depois, olhar com mais carinho para a produção de carne suína.

 

Com um pé no Brasil

Há uma semana, a Tyson divulgou que está negociando uma joint-venture com a marca Pena Branca, do Grupo Predileto Alimentos, no Brasil. De acordo com o diretor da Predileto, Antenor Barros Leal, o acordo entre as duas companhias deverá se efetivar dentro de 60 dias.