Uma série de medidas está em estudo visando uma completa modernização do Sistema de Inspeção Federal em frigoríficos de aves. Os trabalhos vêm sendo conduzidos pela Embrapa Suínos e Aves e universidades parceiras, em conjunto com os Auditores Federais Fiscais Agropecuários (AFFA), atendendo assim uma demanda do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa/Mapa).
O trabalho é importante, pois vai de encontro a um dos principais fatores levados em consideração pelo consumidor no momento de compra de produtos cárneos, que é a inocuidade. O mesmo argumento vale para os governos internacionais, cuja exigência é por segurança alimentar dos produtos que importam, pois é cada vez mais evidente o peso de casos de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA’s) sobre a opinião pública frente aos eventuais casos em saúde humana.
O setor privado é um interessado direto, não só pela questão envolvendo qualidade e fiscalização, mas também com relação aos custos do processo, que tendem a se reduzir. O projeto envolve seis Planos de Ação a serem desenvolvidos no decorrer de quatro anos, com previsão para estarem finalizados em 2020. Uma das primeiras etapas foi a realização de uma análise estatística dos dados do Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF), que revelou a frequência de lesões ligadas a diversos fatores, algumas das quais poderiam ser confundidas com DTA’s.
Nesta edição, a seção Estudos da Embrapa traz artigo com os principais resultados correspondentes às condenações, obtidas a partir dos estudos ligados à modernização do SIF em aves, assim como dados preliminares da análise de risco, no qual agentes patogênicos como Salmonella e Campylobacter são pontos-chave no processo.
Uma boa leitura!
Humberto Luis Marques