A União Europeia planeja autorizar que proteínas derivadas de insetos sejam fornecidas a aves e suínos, o que poderia ser um impulso significativo para o setor em crescimento.
Os estados membros do bloco endossaram a proposta, confirmou um porta-voz da Comissão Europeia. O Parlamento e o Conselho da UE agora estudam a medida e devem concluir os trabalhos no início de agosto.
Os insetos surgem como uma fonte mais sustentável de proteínas devido ao menor impacto ambiental e alto valor nutricional, atraindo a atenção de gigantes como Cargill e Nestlé. A consultoria Arcluster prevê que a criação de insetos multiplicará por dez, superando US$ 4,1 bilhões globalmente até 2025.
A maior parte da demanda virá da agricultura, embora até 10% da produção da Europa possa ser destinada para alimentação humana, segundo a Plataforma Internacional de Insetos para Alimentos e Rações.
As mudanças também permitirão que algumas proteínas animais processadas sejam utilizadas na ração de aves e suínos, segundo a Comissão. É uma reversão parcial de uma proibição de 2001 pelo risco de casos de encefalopatia espongiforme bovina, ou BSE na sigla em inglês, doença que causou mais de 175 mortes no Reino Unido depois de se espalhar da carne para humanos.
A revogação da proibição foi divulgada pela primeira vez pelo The Guardian.
Não há preocupações de segurança quanto à flexibilização das regras, disse o porta-voz, citando o conselho da agência de vigilância alimentar da UE. A proibição de alimentar gado com restos de sua própria espécie, bem como fornecer rações a vacas e ovelhas com proteína animal, permanecerá em vigor.