A valorização de grãos como soja e milho causou aquecimento no comércio de máquinas agrícolas. No Paraná, o aumento do número de agricultores interessados em renovar a frota provocou uma espera de até dez meses para a entrega dos veículos.
Em janeiro, a venda de máquinas agrícolas bateu recorde no Brasil. De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nesse período foram comercializadas 5.859 unidades. O aumento nas vendas provocou uma longa espera para a entrega ao produtor. Em alguns casos, como o do pulverizador, a espera pode chegar a 10 meses.
Em uma loja da região de Cascavel, no Paraná, as negociações registram crescimento de uma média de 30%. “A gente vendia em torno de 120 a 130 tratores por ano. A gente chegou agora, no último ano, a 200 tratores”, diz o gerente de vendas Odail Moraes.
O agricultor Wilson Vargas comprou comprar três máquinas novas. “Investimos em uma colheitadeira, um trator e uma semeadeira. Este ano, renovamos a frota. A gente faz isso a cada 4 ou 5 anos. Mas este ano estamos aproveitando o momento que é bom para a agricultura”, diz.
Na revenda onde trabalha o gerente de vendas Alberto Dybas os clientes irão amargar até cinco meses de espera, com maior fila para caoso de agricultores que buscam plantadeiras. Mesmo tendo investido R$ 1,2 milhão, o agricultor Wilson Vargas só conseguirá ver os novos equipamentos rodando no campo no mês de setembro.
O aquecimento do mercado interno causou redução no volume de exportação no Brasil. Em janeiro, o valor chegou US$ 1 bilhão, registrando queda de 6% em comparação com o mesmo mês do ano passado.