A produção de carne suína das Filipinas deve registrar uma queda de 16,4% em 2020 como resultado dos surtos de Peste Suína Africana que assolam o país, aponta o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Embora a produção local seja pequena diante da gigante suinocultura chinesa, as Filipinas só não produzem mais carne suína que o Brasil dentre os países da América Latina. O país é só um exemplo dos afetados pela PSA para onde o Brasil está exportando mais.
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Antes que a PSA chegasse ao rebanho suíno filipino o USDA estimava que fossem produzidos pelo país 1,675 milhão de toneladas dessa proteína. Agora, a projeção é de 1,4 milhão de toneladas. Ou seja, deve haver uma redução de 16,4% na produção local.
Como resultado, assim como ocorre com a China, o país vai ampliar as importações de carne suína. Antes que peste chegasse, a expectativa era de que as Filipinas importasse 265 mil toneladas. Agora, segundo o USDA, o país deve comprar 350 mil toneladas. É um incremento de 32% nas importações.
O BRASIL JÁ TEM EXPORTADO MAIS
O Brasil poderia ser um dos beneficiários dessa demanda, se a produção suinícola local já não tivesse como destino mercados maiores, como China, Japão e Rússia. As exportações de carne suína do Brasil para as Filipinas chegaram a saltar de US$ 2,43 milhões em 2017 para US$ 18,75 milhões em 2018. Entre janeiro e setembro deste ano, contudo, foram US$ 5,7 milhões. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia.
NÃO É SÓ AS FILIPINAS
O Vietnã, outro país que sofre com a PSA e que tem uma produção de carne suína maior, já comprou 165% a mais no acumulado de 2019. O país comprou US$ 20,35 milhões no período, o que representa 2% de todas as exportações dessa proteína pelo Brasil.