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Agronegócio prevê 138 mil vagas

<p>Oportunidades de trabalho são em maioria para o setor sucroalcooleiro, que vai abrir 92 usinas no SP nos próximos quatro anos.</p>

Redação (02/10/06)- O setor de agronegócios, mais especificamente o ligado às usinas de cana-de-açúcar, deve gerar 138 mil empregos diretos no Estado de São Paulo nos próximos quatro anos.

A informação é presidente da Enerbio/2006 (Feira Internacional de Agroenergia e Biocombustíveis), Ronaldo Knack.

Serão criadas, até 2010, 92 usinas sucroalcooleiras. Cada uma delas vai gerar 1.500 empregos diretos, afirma Knack.

Segundo ele, há a possibilidade de o número de usinas subir para 210, o que representa ainda mais empregos. Com isso seriam 315 mil novos postos de trabalho no setor, diz.

Knack afirma que os empregos gerados são qualificados, pois exigem formação técnica e muitas vezes superior, dependendo da atividade dentro da empresa.

Além disso, ele diz que todas as usinas que serão instaladas no Estado até 2010 terão colheita mecanizada e, por isso, vão gerar empregos que exijam grau de formação especializado.

As usinas são formadas pelos setores de agricultura, indústria e administração, e, conseqüentemente, elas empregam profissionais dessas três áreas.

De acordo com o presidente da Enerbio, a maioria das pessoas se engana quando o assunto é emprego do setor da agricultura. Essa área precisa de profissionais qualificados, como qualquer outra, diz.

Para as usinas, são necessários técnicos em agricultura. Para a indústria, engenheiros e químicos são requisitados. Também há a administração, que requer profissionais das áreas relacionadas.

Além disso, as usinas precisam de motoristas, tratoristas e outros profissionais que mexam
com todo o maquinário utilizado.

As usinas são empresas como todas as outras e por isso sempre vai absorver profissionais de diversas áreas.

Setor emprega 1 milhão hoje
A Fetaesp (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo) estima que existam atualmente aproximadamente 1 milhão de trabalhadores rurais assalariados na agricultura em todo o Estado.

Esses profissionais trabalham em diferentes culturas mas o setor que predomina é a cana-de-açúcar.

Só no de 2004, por exemplo, o setor agropecuário foi responsável pela criação de 342.587 postos de trabalho formais em São Paulo.

Segundo a entidade, são 160 os sindicatos da categoria espalhados pelo Interior de São Paulo.

De acordo com a Feraesp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo) somente o setor sucroalcooleiro emprega 300 mil pessoas na área rural, principalmente no plantio e na colheita da cana-de-açúcar.

O presidente da Feraesp, Élio Neves, afirma que grupos empresariais têm investido na região Oeste de São Paulo e também no Centro-oeste do país.