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Mercado Interno

Alimentos mais caros

Cesta básica aumenta em 17 capitais, diz Dieese. Tomate, leite e açúcar influenciaram o resultado. SP teve a maior alta.

Alimentos mais caros

O custo da cesta básica subiu, em março, em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O resultado foi influenciado pelo aumento no preço do tomate, do leite e do açúcar. Os avanços mais expressivos no mês passado ocorreram nas cidades de São Paulo (10,49%), Recife (9,74%), João Pessoa (9,49%) e Brasília (9%). Já as menores variações ocorreram em Natal (2,91%), Fortaleza (3,13%), Manaus (3,31%) e Vitória (3,33%).

O economista José Maurício Soares, coordenador da pesquisa do Dieese, disse que o resultado da pesquisa, embora preocupante, não surpreende. Segundo ele, os produtores já esperavam uma pressão por conta da das chuvas frequentes. “O clima, sem dúvida, atrapalhou e afetou a produção”, justificou o economista.

Ele projeta novas pressões no preço da cesta básica nos meses seguintes se este ano repetir o clima do ano passado no período de estiagem, que tradicionalmente vem com a chegada do inverno. “A tendência é piorar com as possíveis geadas e a continuidade das chuvas.”

Somente Goiânia (-1,10%) apresentou queda no preço da cesta básica na comparação com março de 2009. As elevações mais significativas em relação ao mesmo período do ano passado foram registradas em Recife (15,12%), São Paulo (14,35%) e João Pessoa (12,35%). A cesta básica mais cara, no entanto, continua sendo a de Porto Alegre (R$ 257,07). São Paulo vem logo em seguida (R$ 253,74). O terceiro maior custo está no Rio (R$ 240,22). Os menores foram em Aracaju (R$ 181,70) e Fortaleza (R$ 182,43).

Entre os produtos pesquisados, destaque para o tomate, cujo preço subiu nas 17 capitais, sobretudo em Curitiba (75,39%), São Paulo (73,13%), João Pessoa (67,78%) e Rio de Janeiro (64,31%). Segundo Soares, as chuvas desorganizaram a produção do tomate ao tornarem necessário o replantio nas principais regiões produtoras.