Análise de Mercado – 30 de Agosto
Suíno vivo
Os criadores estão acostumados com a comercialização de animais na Expointer, o que é um termômetro para os negócios da agropecuária gaúcha. Para o suinocultor, mais do que vender o plantel, a maior feira agropecuária da América Latina representa a vitrine para os futuros negócios no campo. O retorno dos suínos à feira neste ano é um triunfo para os produtores e para a população, o que significa que a circulação do vírus H1N1, conhecido como causador da Gripe A ou gripe suína, como pejorativamente ficou conhecida, é algo do passado.
“A decisão de não trazer os suínos foi para proteger os animais e evitar a contaminação. Para este ano, a expectativa é de recuperação dos negócios perdidos em 2009”, ressalta o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador. A entidade projeta vendas na casa dos R$ 50 mil.
Além disso, apresentar os animais na Expointer signific a derrubar o preconceito que ainda existe em relação à produção dos animais. “A suinocultura vem sendo trabalhada para mostrar a profissionalização da produção. O consumidor ainda acredita que os animais são criados no fundo do quintal. No entanto, o porco recebe alimentos de primeira qualidade. E a carne resultante é tão segura e saudável quanto a do bovino e do a frango. A Expointer serve para mostrar isso”, acrescenta Folador. Segundo o dirigente, a dieta do animal é constituída em 65% de milho, 30% de farelo de soja, além de vitaminas e água. A alimentação equilibrada é o pré-requisito para a carne de qualidade que chega à mesa do consumidor.
Para este ano, a empolgação do retorno à feira resultou em 147 animais inscritos. Quase metade deles, 75 exemplares, pertencem a três granjas. “Os animais expostos são de primeira qualidade. Não há espaço para os animais que estiverem fora dos padrões que o mercado exige”, afirma Valdecir Folador.
Os padrões na produção do suí no de qualidade vão além da alimentação equilibrada. As propriedades devem atender às exigências técnicas de sustentabilidade ambiental. Os dejetos dos animais precisam ser armazenados de 90 a 120 dias em lagoas de concreto ou lona. Após este período, os resíduos podem ser utilizados na agricultura como adubo para a recuperação do solo. Com a medida, o criador economiza ao comprar menor quantidade de fertilizantes.
Suíno ‘light” produz carne mais leve e saudável
O criador Ilanio Pedro Johner, proprietário da Granja Balduíno, de Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, comemora o fato de retornar para a feira com 19 animais para exposição. O produtor não revela números, mas acredita que pode fazer bons contatos para fornecer animais a criadores gaúchos e de outros estados. No Rio Grande do Sul, Johner vende machos reprodutores para seis agroindústrias. “A Expointer é a melhor vitrine para mostrar a genética em suínos. É a feira que mais repercute para os expositores”, comemora o criador de um plantel de aproximadamente 500 animais. (Suino.com)
GO R$3,10
MG R$3,10
SP R$3,04
RS R$2,72
SC R$2,55
PR R$2,75
MS R$2,25
MT R$2,60
Frango vivo
Faltando agora dois dias para o encerramento de agosto, é possível afirmar, sem possibilidade de errar, que – enfim! pela primeira vez em 2010! – o frango vivo fecha um mês registrando variação positiva de preço em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Isso já estava claro no encerramento da terceira semana de agosto, mas se acentuou na quarta semana, a que passou, ocasião em que após sete semanas consecutivas de preço inalterado, o frango vivo comercializado no interior paulista obteve uma alta de cinco centavos, passando a ser comercializado por R$1,65/kg – valor que havia vigorado nos primeiros dias de 2010 e voltou a ser praticado por curto período em fevereiro, mas que por ora permanece como a melhor cotação alcançada neste ano.
Porém, verdade seja dita, a evolução ora observada não resulta de qualquer esforço da avicultura. Embora ainda não hajam dados a respeito (e a divulgação deve dem orar) é pouquíssimo provável que o volume de carne de frango produzido no mês tenha sido inferior ao de maio passado (por ora, recorde histórico do setor). Assim, se os preços evoluíram em função de uma menor oferta interna, foi porque as exportações continuam a apresentar bom desempenho (em julho, segundo maior volume da história das exportações, o que, sem dúvida, ajudou a “enxugar” a disponibilidade interna).
Não só isso, porém: como há tempos não se via, o frango voltou a “caminhar no rabo do boi”, há três meses registrando continua valorização e agora começando a influenciar a comercialização do frango, carne que ainda mantém preços extremamente atrativos (vide a propósito, entre as matérias de hoje, “Entre as carnes, a de frango é a de menor valorização em 2010”).
No entanto, nem mesmo isso teria sido suficiente para fazer com que agosto “fechasse” positivamente não fosse o fato de, um ano atrás, o frango vivo ter experimentado fortíssima desvalorização. Assim – é melancólico afirmar – não foi (por enquanto) o frango que melhorou e sim o [resultado do] ano passado que foi péssimo. (Avisite)
SP R$1,60
CE R$1,95
MG R$1,75
GO R$1,60
MS R$1,35
PR R$1,48
SC R$1,37
RS R$1,40
Ovos
Operando em marco fraco já há duas semanas, o ovo encerrou a quarta semana de agosto com uma cotação média 3,6% e 9,4% menor que, respectivamente, a registrada no início e na segunda semana do mês, esta a melhor de agosto.
Curiosamente, porém, esse recuo não tem nada de anormal, repete pari passu o comportamento habitual do mercado, com desvios mínimos em relação ao que se poderia considerar padrão de desempenho.
Demonstrando, nos 11 anos encerrados em 2009, a cotação alcançada pelo ovo no oitavo mês do ano foi, em média, 1,1% inferior à registrada no mês anterior, julho. Pois em agosto corrente (e até agora) o recuo é de 1,47%. Já em relação ao preço médio de dezembro do exercício anterior, o padrão histórico aponta, para agosto, uma cotação média 5,62% superior. Em agosto de 2010 o incremento vem sendo de 4%.
Não se pode negar, entretanto, que perda (em relação ao mês anterior) e ganho (em relação a dezemb ro de 2009) se encontram, respectivamente, acima e abaixo do que seria o padrão. E isso contribui para que, novamente, o valor médio alcançado no mês se torne negativo em relação ao mesmo mês do ano passado. E isso deve fazer com que, nos últimos 13 meses (agosto de 2009 a agosto de 2010), somente o preço alcançado em julho passado seja superior ao de idêntico mês do ano anterior. (Avisite)
Ovos brancos
SP R$37,00
RJ R$38,00
MG R$38,00
Ovos vermelhos
RJ R$40,00
SP R$39,00
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 92,19, com a variação em relação ao dia anterior de -0,12%. A variação registrada no mês de Agosto é de 7,22%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 52,59, com a variação em relação ao dia anterior de 0,4% e com a variação de 7,35% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Triangulo MG R$82,00
Goiânia GO R$86,00
Dourados MS R$83,00
C. Grande MS R$84,00
Três Lagoas MS R$83,00
Cuiabá MT R$81,00
Marabá PA R$73,00
Belo Horiz. MG R$74,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 41,26. O mercado apresentou uma variação de -0,1% em relação ao dia anterior. O mês de Agosto apresentou uma variação de 3,02%.
O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 23,54, com a variação em relação ao dia anterior de 0,43%, e com a variação de 3,16% no acumulado do mês.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$44,50
Goiás – GO (média estadual) R$41,50
Mato Grosso (média estadual) R$40,50
Paraná (média estadual) R$41,26
São Paulo (média estadual) R$44,50
Santa Catarina (média estadual) R$39,50
M. Grosso do Sul (média estadual) R$40,50
Minas Gerais (média estadual) R$42,50
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 21,8 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,86% em relação ao dia anterior e de 11,36% no acumulado do mês de Agosto.
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 12,43, com uma variação de 1,38% em relação ao dia anterior, e com a variação de 11,49% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$16,00
Minas Gerais (média estadual) R$20,00
Mato Grosso (média estadual) R$14,00
M. Grosso Sul (média estadual) R$16,00
Paraná (média estadual) R$20,00
São Paulo (média estadual) R$21,80
Rio G. do Sul (média estadual) R$23,50
Santa Catarina (média estadual) R$21,50