Redação (21/01/2009)- Análise de Mercado – 21 de Janeiro.
Suíno vivo
Aos primeiros dias de 2008, ninguém seria capaz de apostar que o ano, ou a maior parte dele, seria tão bom para o setor de suínos quanto foi. Naquela época, os preços dos insumos, principalmente da ração, estavam altos e o suíno vivo se desvalorizava desde meados de dezembro de 2007. Passados alguns dias de janeiro, no entanto, as cotações do farelo de soja e do milho começaram a recuar, favorecendo o poder de compra dos suinocultores. A partir de março, a alta dos preços no mercado de carnes, por aumento da demanda, somada à baixa dos insumos, pela maior oferta, elevaram o poder de compra do suinocultor ao maior nível em quatro anos. No mercado externo, apesar do menor volume negociado, a alta do preço das commodities garantiu bons resultados às indústrias exportadoras.
Observando a produção e a exportação de carne suína até setembro, constata-se que a disponibilidade interna foi 8% superior à do mesmo período de 2007. Tradicionalmente, os preços do suíno caem nos primeiros meses do ano e voltam a reagir em maio-junho. Em 2008, no entanto, já em março as cotações davam sinal de que a demanda interna impulsionaria o setor. Além das condições macroeconômicas favoráveis, também o encarecimento da carne bovina, em função da menor oferta, reforçou o consumo tanto pela carne suína quanto de frango, por efeito substituição.
Os preços do suíno vivo também tiveram fortes reajustes no mesmo período, com o ritmo seguindo o da carne. Na média de janeiro a outubro de 2008, os preços do suíno vivo foram os maiores desde 2002 (início da série do Cepea), chegando a ser R$ 1,00/kg superior ao do mesmo período de 2007, em termos reais (IPCA), nos oito estados nos quais o Cepea acompanha preços (região Sul, da região Centro-Oeste, Minas Gerais e São Paulo).
No começo de novembro, no entanto, as quedas de preços, que começaram em meados de outubro, se intensificaram, chegando a ma is de 15% nas duas primeiras semanas do mês. Esse movimento veio pouco depois que importadores da carne brasileira alegaram dificuldade de recursos – devido à crise financeira – para pagar pelo produto já embarcado. No final de 2008, constata-se que de 15 de outubro a 23 de dezembro, o suíno vivo caiu 32% em Erechim (RS) e 34% em Ponte Nova (MG). Para a carne (carcaça comum), os recuos, também expressivos, são de 27% no atacado de São Paulo e 19% em Chapecó (SC).
Quanto às exportações de carne suína em 2008 pode ser dividida em dois períodos. O primeiro é marcado pela valorização do produto no mercado internacional, e o segundo, a partir de setembro, pela forte desvalorização do Real.
De janeiro a setembro de 2008, o valor médio da carne suína exportadas aumentou 39% em dólar, para US$ 3.362,20/tonelada, motivada por um choque de demanda internacional que afetou todas as commodities. Nem a apreciação do Real frente ao dólar, que de janeiro a agosto atingiu 10%, ou a di minuição do volume exportado foram suficientes para reduzir a receita das exportadoras. A partir do final de setembro, no entanto, com o agravamento da crise financeira mundial houve uma forte desvalorização do Real, com a cotação da moeda americana saltando para R$ 2,40, na média de dezembro (até 26/12) – aumento de 49% de agosto para dezembro.
Até novembro, as divisas geradas com a venda de carne suína ao exterior somaram US$ 1.298,20 milhões, de acordo com dados da Secex, aumento de 28,2% em dólar com relação ao mesmo período de 2007. O volume, contudo, diminuiu 10,6% (ou 52 mil toneladas), para 441 mil toneladas. Esta redução ocorreu principalmente pelas menores compras da Rússia e dos países que importam através de Cingapura.
A Rússia, maior comprador de carne suína brasileira, vem incentivando a produção interna de suíno e, em 2008, comprou do Brasil 27 mil toneladas a menos que em 2007, o que representa redução de 11,5% das exportações brasileiras para este país . Já os importadores que usam o porto de Cingapura reduziram as compras do produto brasileiro em 33,3%, o equivalente a 9,17 mil toneladas. Mesmo com estas diminuições, a Rússia permanece sendo o principal comprador (47% do total exportado), seguida por Hong Kong (16%) e Ucrânia (11%). Estes três recebem 74% das exportações de carne suína. Cingapura continua na quarta posição, agora com 4% do volume exportado.
Em dezembro foram exportadas 25,8 mil toneladas de carne suína, 15% a mais que em novembro, com receita de US$ 66,2 milhões, mas 1,5% abaixo do escoado no mês anterior e 56% a menos que em dez/07. (Cepea/Asemg)
GO R$3,10
MG R$3,10
SP R$2,51
RS R$2,13
SC R$2,15
PR R$2,20
MS R$2,30
MT R$2,00
Frango vivo
Considerado excessivo pela maior parte do setor, o alojamento de matrizes de corte em 2008 teve um incremento de 14,32%, o que correspondeu ao segundo maior índice de crescimento dos últimos dez anos. Nesse período, o maior índice foi registrado em 1999, quando o alojamento de matrizes de corte registrou aumento de 16,26%.
O que preocupa, neste caso, é a constatação de que, em decorrência desse alto alojamento, a avicultura de corte brasileira viveu no ano seguinte, 2000, aquela que foi, possivelmente, sua maior crise de todos os tempos (a crise de 2006, causada pelos problemas externos da Influenza Aviária, teve efeitos bem menores).
É verdade que o índice de expansão de 2008 foi 1,94 ponto percentual menor que o de 1999. Mas então, não havia uma crise (mundial) da economia, o problema era só da avicultura. (AviSite)
SP R$1,75
CE R$2,70
MG R$1,75
GO R$1,70
MS R$1,40
PR R$1,70
SC R$1,60
RS R$1,60
Ovos
Com as vendas em um ritmo mais lento, normal para esta semana, o atacado aproveita este argumento para tentar, pelo menos, voltar aos preços da última semana.
Mesmo com as ofertas relativamente equilibradas, o sucesso da pressão do atacado dependerá muito dos produtores.
Mas é bom lembrar que quedas nos preços neste momento, deixam os produtores mais ”espertos” quanto a continuação de descartes das aves mais velhas. Pois, milho e soja seguem firmes em seus preços. (Com informações do Mercado do Ovo)
Ovos brancos
SP R$41,90
RJ R$45,00
MG R$45,00
Ovos vermelhos
MG R$47,00
RJ R$47,00
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 83,39, com variação em relação ao dia anterior de -0,01%. A variação registrada no mês de Janeiro é de –0,04%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou o dia de ontem cotado em US$ 35,17, com variação em relação ao dia anterior de –0,03%, e de –2,58% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Triangulo MG R$80,00
Goiânia GO R$78,00
Dourados MS R$78,00
C. Grande MS R$78,00
Três Lagoas MS R$78,00
Cuiabá MT R$72,00
Marabá PA R$70,00
Belo Horiz. MG R$80,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 50,51. O mercado apresentou uma variação de 0,06% em relação ao dia anterior. O mês de Janeiro apresenta uma variação de 8,09%.
O valor da saca em dólar fechou o dia de ontem cotado a US$ 21,31, com uma variação de -1,57% em relação ao dia anterior, e de 6,55% no acumulado do mês.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$51,00
Goiás – GO (média estadual) R$46,00
Mato Grosso (média estadual) R$44,00
Paraná (média estadual) R$50,51
São Paulo (média estadual) R$48,50
Santa Catarina (média estadual) R$51,00
M. Grosso do Sul (média estadual) R$46,50
Minas Gerais (média estadual) R$45,50
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 23,91. O mercado apresentou uma variação de -0,47% em relação ao dia anterior e de 12,29% no acumulado do mês de Janeiro.
O valor da saca em dólar fechou o dia de ontem em US$ 10,08, com uma variação de –2,1% em relação ao dia anterior e de 10,63% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$19,00
Minas Gerais (média estadual) R$20,00
Mato Grosso (média estadual) R$15,00
M. Grosso Sul (média estadual) R$17,50
Paraná (média estadual) R$22,00
São Paulo (média estadual) R$23,91
Rio G. do Sul (média estadual) R$23,50
Santa Catarina (média estadual) R$22,00