Na última semana de fevereiro o mercado já demonstra sinais de recuperação. A demanda se mantém aquecida, causando a elevação de preços em algumas regiões. No Rio Grande do Sul, o mercado está reagindo em comparação à semana passada, com aumento de R$ 0,10 ao valor pago ao produtor pelo quilo do suíno vivo, que está sendo comercializado a R$ 2,10 a quilo. Para os pequenos e médios produtores os resultados são mais expressivos, com o quilo do suíno vivo sendo cotado a até R$ 2,40, segundo informações da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).
Em São Paulo, a semana fechou em R$ 50,00 a arroba, o equivalente a R$ 2,65 o quilo do suíno vivo. Segundo a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), houve uma redução na oferta em 8% se comparado ao mês de dezembro em função do baixo peso do animal e pelo excesso de venda de animais em dezembro. A tendência é que a situação se normalize a partir de março, o que sinaliza o início da recuperação das vendas e a retomada nos preços. Para os produtores do estado do Mato Grosso do Sul o cenário também tem se mostrado favorável. Nessa semana, o quilo do suíno vivo foi comercializado a R$ 2,10 segundo a Associação Sul-Matogrossense de Suinocultores (ASUMAS), que também aguarda aumento significativo para o mês de março.
Em Santa Catarina o mercado apresentou reação nas vendas e tem se mostrado atrativo aos produtores, segundo a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). Com o mercado catarinense aquecido e o aumento na procura pela carne, produtores tem vendido os animais a um baixo peso, o que necessita de uma venda maior de animais, um sinal positivo que promete a recuperação nos preços. Na última semana do mês de fevereiro, as cotações fecharam em R$ 2,25 o quilo do suíno vivo. O mesmo cenário acontece em Minas Gerais, com o quilo do suíno vivo sendo vendido a R$ 2,65. A expectativa é que a bolsa dessa semana apresente reações de R$ 0,05 a R$ 0,10 no valor pago ao produtor, segundo a Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
Já no Paraná, os preços se mantiveram estáveis nessa última semana, com uma pequena elevação nos preços, principalmente na região centro-sul do estado que atingiu R$ 2,15 o quilo do suíno vivo. Nas demais regiões, o preço se manteve em R$ 2,10 o quilo, segundo informações da Associação Paranaense de Suinocultores. No Mato Groso o preço de manteve também, com o quilo do suíno vivo sendo vendido a R$ 2,15. A Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) aguarda uma elevação na cotação já para essa semana.
Declarações
“Estamos com o abate 60 dias adiantados, pois vendemos a cota de janeiro em dezembro e de fevereiro em janeiro, e isso refletiu no peso dos animais. Mas esperamos para o mês de março alterações positivas nas vendas e o início da recuperação do prejuízo que o produtor teve nesses dois últimos anos. Acreditamos que esse seja um ano promissor para o setor.”
Valdomiro Ferreira, presidente da APCS
“Embora nos tenhamos feito a solicitação ainda não há garantia da continuidade de isenção do ICMS e isso tem reflexo direto no preço pago ao produtor. Então, o mercado deverá se apresentar instável até que essa situação se resolva.”
Wolmir de Souza,presidente da ACCS
“Com a variação de temperatura que está acontecendo no Paraná, não conseguimos visualizar uma tendência para os próximos dias. Quanto mais baixas as temperaturas, maior o consumo, então sem a estabilidade no clima as chances do consumo aumentar são menores.”
Carlos Geesdorf, presidente da APS
“A nível nacional o preço tem apresentado algumas altas. Aqui no Mato Grosso o consumo não está exagerado e a oferta tem se mantido ajustada. Os animais estão começando a recuperar o peso normal e esse é um dos fatores de elevação nos preços.”
Custódio Rodrigues de Castro Jr,diretor-executivo da Acrismat.