O mercado do suíno vivo tem apresentado uma tendência de alta nas principais regiões de abate. Com a demanda interna aquecida, os produtores aguardam a elevação dos preços com o término do período de quaresma. Em Minas Gerais, o mercado promete alta nos preços para o produtor, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). A bolsa fechou em R$ 2,60 o quilo, mas deve apresentar aumento de R$ 0,10 a R$ 0,20 já para essa semana, com o mercado aquecido e o equilíbrio entre oferta e demanda. No estado de São Paulo a bolsa fechou a R$ 52,00 a arroba do suíno vivo, equivalente em quilo a R$ 2,77. Em algumas regiões do estado o preço alcançou a marca de R$ 54,00 a arroba, informa a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). Porém, os frigoríficos têm comprado o quilo do suíno vivo a R$ 50,00 a arroba, chegando a R$ 48,00 em determinadas regiões.
O Paraná registrou pequenas alterações no preço com o quilo do suíno vivo comercializado entre R$ 2,30 e R$ 2,40, segundo informações da Associação Paranaense dos Criadores de Suínos (APS). A perspectiva é que haja elevação no preço, já que está bastante alta demanda para os frigoríficos e não há animais suficientes, já que alguns frigoríficos tem comprado animais a 400km de distância. Para Edson Spiassi, presidente da Associação Municipal de Suinocultores de Dois Vizinhos, o mercado está equilibrado para a época do ano e o preço está elevado se comparado ao mesmo período do ano passado.
Santa Catarina também deve apresentar uma melhora significativa nos preços. A semana operou no estado com o quilo do suíno vendido a R$ 2,30, mas em determinadas regiões o suíno independente chegou a R$ 2,40. Há forte tendência de alta para os próximos dias segundo a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). O mesmo acontece no estado de Goiás, segundo a Associação Goiana de Suinocultores (AGS), o mercado está aquecido e demandando mais animais do que se tem produzido. Esta semana deve haver uma estabilização nos preços ou até uma pequena alta, por ainda ser a primeira semana do mês. O mercado tem operado a R$ 2,60 o quilo do suíno vivo.
Declarações
A demanda está bastante elevada para a produção da região e Goiás precisaria produzir mais para suprir este falta. Com isso, alguns animais do Mato Grosso estão sendo comercializados aqui para atender a esse consumo. A próxima semana deve haver uma elevação no preço, já que há movimentação financeira nesse período do mês e não deve apresentar baixa.
O mercado está firme com animais ainda leves, mas a demanda bastante ajustada à oferta, com o quilo do suíno vivo sendo comercializado a R$ 3,20. A expectativa é que os preços e procura pela carne suína se mantenham estabilizados.
Marcelo Plácido Corrêa, Presidente da Associação Baiana de Suinocultores (ABS)
Diversos fatores estão contribuindo para a elevação nos preços dessa semana. O fim da quaresma, a baixa nas temperaturas e também o preço em São Paulo que começa a estabilizar e apresentar altas. Ainda que os animais sejam comercializados 5kg a baixo da média, com cerca de 95kg, o suinocultor espera atingir melhores números nas próximas semanas.
Fernando Soares, presidente da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap)
Nesta semana nós trabalhamos com o preço do suíno vivo em torno de R$ 2,30 e o mercado de uma maneira geral está estável, com os animais vendidos na média do peso normal. Com a alta no preço em SP, acreditamos que Santa Catarina apresente alguma elevação em breve.
Losivânio Luis de Lorenzi, vice-presidente Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS)