O mercado do suíno vivo tem apresentado uma tendência de alta nas principais regiões de produção. Com a demanda interna aquecida, os produtores aguardam a elevação dos preços nos próximos meses. O Rio Grande do Sul registrou pequenas alterações no preço com o quilo do suíno vivo comercializado entre R$ 2,30 e R$ 2,40, segundo informações da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs). Com o mercado bastante aquecido, a projeção para os próximos dias é positiva, possibilitando aumento nas cotações. Segundo a Associação, o produtor tem conseguido manter sua rentabilidade por conta dos baixos custos de produção e, assim, sanado dívidas adquirida durante os 15 meses em que a suinocultura apresentou prejuízos. No norte do estado, as expectativas também são boas. Mauro Gobbi, produtor da cidade de Rondinha, acredita que os preços venham apresentar melhoras e que o consumo também amplie com a chegada dos meses de temperaturas baixas.
No Mato Grosso, o mercado promete alta nos preços para o produtor, segundo a Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat). A bolsa fechou em R$ 2,30 o quilo, mas deve apresentar aumento para as próximas semanas, com o mercado aquecido e o equilíbrio entre oferta e demanda. Santa Catarina também deve apresentar estabilidade nos preços, mesmo com o término de isenção do ICMS, segundo a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). A semana operou no estado com o quilo do suíno vendido a R$ 2,30. O mesmo acontece no estado de Goiás, segundo a Associação Goiana de Suinocultores (AGS), o mercado está aquecido e demandando bastantes animais para os frigoríficos. Esta semana a expectativa é de manutenção nos preços ou até mesmo uma pequena alta, como ocorrido na bolsa anterior, em que a cotação fechou R$ 0,05 a mais. O mercado tem operado a R$ 2,80 o quilo do suíno vivo.
Declarações
A oferta está ajustada à demanda e o produtor tem conseguido colocar todos os animais no mercado. O peso do suíno está voltando à normalidade, já que nos meses anteriores o suinocultor vendeu abaixo do peso já que o estado estava com déficit de animais.
José Marcelino, presidente da AGS
Esperamos um crescimento para os próximos dias, com a baixa nos custos de produção e a aproximação nos meses em que a temperatura é mais amena e o consumo aumenta consideravelmente. Aos poucos o produtor está conseguindo recuperar as perdas acumuladas no ano passado.
Custódio Rodrigues de Castro Jr., Secretário-executivo da Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso
Santa Catarina está bastante confiante com o reconhecimento dos EUA de que o estado é considerado livre da aftosa. Isso é mais uma oportunidade para o produtor em aprimorar seu plantel, instalar novas práticas para vir a atender novos mercados e também o interesse das indústrias em aumentar o plantel. Acreditamos em um futuro bastante próspero para esse ano, com o incremento nas vendas internas e também com o aumento de volume exportado.
Losivânio Luis de Lorenzi, vice-presidente Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS)