Em um panorama otimista, Ricardo Santin, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), destacou, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (16), elementos cruciais que apontam para um cenário econômico mais promissor no Brasil. Olhando para o segundo semestre deste ano e para 2024, Santin ressaltou a influência das condições favoráveis e competitivas do câmbio nacional, além da perspectiva de taxas de juros em queda, avanços na reforma tributária e o rejuvenescimento do poder aquisitivo das famílias graças a programas sociais significativos, como o Bolsa Família e o inovador Desenrola.
As peças desse quebra-cabeça econômico estão alinhadas para criar um ambiente de expectativa positiva quanto à procura por carne de frango, carne suína e ovos.
Cenário econômico
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Nesse contexto, destaca-se a notável aporte de recursos destinados ao Bolsa Família, que se perfila para absorver um montante da ordem de R$ 168 bilhões em 2024. Caso esta projeção se consolide, o valor se aproximará dos R$ 168,7 bilhões destinados ao programa no presente exercício. Subsiste, contudo, a incerteza concernente a possíveis reajustes nos benefícios concedidos aos participantes, bem como à delimitação da faixa de renda individual, cifrada até R$ 218, que define a elegibilidade ao programa assistencial.
Em consonância com a inovação trazida pelo Programa Desenrola, mais de cinco milhões de indivíduos já experimentaram seus efeitos mitigadores. A ABPA ressalta que, por meio deste programa do governo federal, instituições bancárias foram compelidas a renegociar aproximadamente R$ 2,5 bilhões em 400 mil contratos de endividamento, culminando na suspensão das notificações de inadimplência de 3,5 milhões de devedores com passivos de até R$ 100, ao longo de um breve interregno de duas semanas.
Em adição a esses elementos, há a iminente reforma tributária anunciada pelo Senado, que acarreta expectativas de modificações significativas e potencialmente benéficas ao cenário empresarial e econômico.
Consumo elevado
De acordo com os dados, o consumo per capita de carne de frango deverá apresentar um aumento de até 1,5% em 2023, chegando a uma estimativa de 46,0 kg por pessoa, e poderá atingir até 47,0 kg em 2024, representando um crescimento adicional de até 3,0%. Já o consumo de carne suína per capita deverá se manter estável em 18,0 kg nos anos de 2022, 2023 e 2024. Quanto aos ovos, a projeção indica um possível aumento de até 0,5% no consumo per capita em 2023, alcançando 242 unidades por habitante, e um potencial crescimento de até 10,0% em 2024, chegando a um máximo de 265 unidades por habitante.
