A China registrou recentemente um consumo recorde de eletricidade, atendido em grande parte pela produção igualmente recorde de energias hidrelétrica e solar. Contudo, o carvão continua a ser a principal fonte de energia do país, respondendo por quase dois terços da geração elétrica. Em julho, a participação do carvão na matriz energética chinesa diminuiu ligeiramente, mas ainda assim permanece dominante, mesmo com a crescente produção de energias renováveis.
O aumento da energia hidrelétrica, impulsionado por chuvas abundantes no início do ano, ajudou a substituir parte do carvão, mas o impacto foi limitado. Em maio, a participação do carvão na geração elétrica caiu para 53%, mas voltou a subir para 65% em julho, devido à demanda recorde provocada por temperaturas acima da média.
Apesar de um declínio lento na participação do carvão ao longo da última década, de 73% para 71%, a China ainda depende fortemente desse combustível. Embora o país tenha visto um crescimento significativo na capacidade de energias eólica e solar, o carvão continua sendo crucial para atender à demanda energética, especialmente durante os picos de consumo.
Embora as aprovações para novas usinas de carvão tenham caído significativamente no primeiro semestre de 2024, a China ainda mantém altos níveis de produção e estocagem de carvão. Em julho, a produção de carvão atingiu um recorde para o mês, com 390,37 milhões de toneladas métricas, destacando a dificuldade em reduzir a dependência desse recurso.
A China planeja continuar expandindo sua capacidade de energias renováveis e nuclear, mas o carvão deve permanecer uma parte essencial da matriz energética do país no futuro próximo, devido à sua abundância, custo relativamente baixo e importância estratégica para a segurança energética.