Onze cooperativas do estado do Paraná, ligadas ao setor agroindustrial, estão classificadas entre as maiores do mundo.
Essa informação é proveniente de uma análise realizada pelo World Cooperative Monitor (Monitor Cooperativo Mundial), que lista as maiores empresas cooperativas em termos de receita, número de membros cooperados e também a movimentação financeira comparada à renda per capita dos associados.
As cooperativas paranaenses que se destacam nesse ranking são a Agrária, Castrolanda, Coamo, Cocamar, Coopavel, Cooperativa Lar, Copacol, C.Vale, Frimesa, Frísia e Integrada.
Quanto ao ranking das maiores cooperativas e organizações mutualistas, a C.Vale ocupa a 41ª posição global em termos de receita per capita e a 183ª posição em termos de receita total. Na mesma lista, a Cooperativa Lar se encontra na 199ª colocação.
No geral, considerando todos os segmentos, a Cocamar está na 73ª posição em termos de receita per capita, seguida pela Copacol na 83ª posição, Agrária na 108ª, Integrada na 114ª, Castrolanda na 115ª, Frimesa na 119ª, Frísia na 139ª e Coopavel na 147ª.
No ano de 2022, as cooperativas paranaenses tiveram um faturamento de R$ 186 bilhões, representando quase um terço do faturamento total dessas organizações em todo o Brasil durante o mesmo período, que foi de R$ 600 bilhões.
Dentro desse volume faturado no Paraná, 85% provém da agroindústria, 10% do setor de crédito, 4% da área da saúde e 1% de outros segmentos.
Com uma média anual de crescimento de cerca de 20% no estado, as cooperativas agroindustriais estão previstas para ampliar ainda mais sua liderança, buscando atingir um faturamento de R$ 200 bilhões.
Segundo a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), a meta para este ano é alcançar um faturamento de R$ 200 bilhões e dobrar esse valor nos próximos cinco anos.
De acordo com José Roberto Ricken, presidente da Ocepar, esse relatório reforça a atuação profissional do cooperativismo no Paraná. Ele afirma que as cooperativas paranaenses possuem uma administração sólida, respaldada por um sistema que é valorizado pelos produtores. São associações economicamente viáveis, com estruturas jurídicas bem definidas e uma gestão moderna que é comparável internacionalmente.
Ricken complementa: “Esse sucesso também é fruto dos investimentos realizados pelo Sistema Ocepar nos últimos anos, como o programa de autogestão e a profissionalização por meio do Sescop Paraná (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo). Esses investimentos significativos permitiram que as cooperativas paranaenses exportassem para cerca de 150 países”.