A Coamo Agroindustrial, principal cooperativa agrícola do Brasil com sede em Campo Mourão (PR), encerrou o ano de 2023 com uma receita total de R$ 30,3 bilhões, representando um aumento de 7,6% em comparação com o ano anterior, conforme os resultados aprovados durante a assembleia geral ordinária realizada nesta quinta-feira (15/2).
O lucro líquido alcançou a marca de R$ 2,32 bilhões, o que representa um crescimento de 2,9% em relação a 2022. As sobras distribuídas aos cooperados totalizaram R$ 850 milhões, um incremento significativo em comparação aos R$ 705,7 milhões do ano anterior.
O presidente da Coamo, Airton Galinari, destacou que a expectativa inicial era de alcançar uma receita de R$ 37 bilhões, porém, a queda nos preços internacionais dos grãos impactou o faturamento. Ele ressaltou que o aumento no recebimento de grãos foi um dos fatores que impulsionou o crescimento da receita, com a cooperativa recebendo um total de 9,96 milhões de toneladas de grãos em 2023, um aumento de 33,3% em relação ao ano anterior.
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Apesar da decepção nos preços, Galinari enfatizou que a cooperativa conseguiu manter uma margem líquida próxima a 8% ao longo do ano.
Em relação às exportações, a Coamo enviou 4,87 milhões de toneladas de produtos para o exterior no último ano, registrando um aumento significativo de 131% em comparação a 2022. Em termos de valor, as exportações atingiram US$ 2,23 bilhões, representando um crescimento de 88,1%. Esses volumes elevados congestionaram os portos, com filas de navios com espera de mais de três meses. Para escoar a produção, a cooperativa precisou utilizar portos mais distantes, como os de Paranaguá e Antonina (PR), São Francisco e Imbituba (SC), Rio Grande (RS) e Santos (SP), conforme destacado por Galinari.
