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Cooperativismo

Cooperativismo brasileiro poderá alcançar R$ 1 trilhão em faturamento até 2027

Meta foi  divulgada pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, em uma videoconferência sobre economia e cooperativismo  

Cooperativismo brasileiro poderá alcançar R$ 1 trilhão em faturamento até 2027

O movimento cooperativista brasileiro anunciou recentemente sua meta de chegar até 2027 com R$ 1 trilhão em faturamento,  alcançando um número de 30 milhões de cooperados. “Reconhecemos nossa força e, por isso, temos uma linha estratégica para nosso movimento”, afirmou Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e titular da Academia Nacional de Agricultura da SNA.

“Nós vamos gerar prosperidade para o nosso Brasil, para a nossa gente, em pelo menos R$ 1 trilhão até 2027. Nós vamos fazer isso porque nós nos planejamos para isso’’.

Ao participar de uma videoconferência sobre economia e cooperativismo, Freitas falou sobre a importância de “levar o bem promovido pelo cooperativismo não apenas para os associados, mas também para o fornecedor, o cliente e o funcionário. Queremos um país feliz e próspero”, disse ele. “O Ministério da Economia, por sua vez, tem ouvido nossas demandas”. Atualmente, o movimento cooperativista conta com 18.8 milhões de cooperados.

Importância
O ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve presente ao debate e considerou “belíssima a meta” do setor. Segundo ele, o cooperativismo “é o caminho da prosperidade pela dimensão social e econômica que possui”. Para o ministro, “as cooperativas atuam e têm sucesso em diversos segmentos por terem inteligência nos negócios”. Guedes disse ainda que, para replicar as boas ideias do movimento, mais cooperativas deveriam ser criadas.

“As instituições estão se aperfeiçoando e o cooperativismo está cada vez mais forte. Nosso objetivo é ter dezenas de milhares de cooperativas nas áreas de crédito, saúde e tantos outros segmentos. Vamos continuar apoiando”.

Modernização
O diretor da OCB para a região Sul, José Roberto Ricken, cobrou, durante o encontro, a modernização do sistema do crédito rural, bem como outras formas de financiamento para o agro “em níveis viáveis para ganharmos escala fora do país”.

Por sua vez, o subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Economia, Rogério Boueri, destacou que “o investimento é a mola do desenvolvimento” e que, fora o crédito rural, é preciso criar novas formas de financiamento para as cooperativas se desenvolverem nos moldes do Fiagro.

Cooperativas de crédito

Já o diretor da OCB para o Nordeste, Ricardo Khouri, falou sobre as novas possibilidades de aumentar o protagonismo das cooperativas de crédito. “Nossa natureza vanguardista vem se destacando, tanto que em 274 municípios somos a única instituição financeira. Como o Ministério da Economia enxerga isso?”

“Percebo que há possibilidade de uma atuação em conjunto com o Banco Central nesse sentido. A carteira de crédito cooperativista cresceu 36%, é mais que o dobro da carteira do Sistema Financeiro Nacional no mesmo período. Então, nossa intenção é apoiar o cooperativismo financeiro retirando tudo o que é indevido e que atrapalha seu desenvolvimento”, informou Boueri.

Geração de emprego
Com relação ao agronegócio, segundo o anuário do cooperativismo de 2022, o setor somou 1.17 mil cooperativas em 2021. Com mais de um milhão de cooperados, as cooperativas do agro geraram 239 mil empregos diretos e faturaram R$ 358 bilhões no ano passado.

Somente no Distrito Federal há nove cooperativas ligadas ao agro. Juntas, elas possuem mais de mil cooperados e perto de 250 empregados.