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COOPERATIVAS

Languiru detalha negociações e projeta parceria no segmento da avicultura

Languiru detalha negociações e projeta parceria no segmento da avicultura

Na tarde de sexta-feira (21) a Cooperativa Languiru realizou Assembleia Geral Extraordinária. Tendo por local a Associação dos Funcionários da Languiru, em Teutônia, o evento reuniu 135 pessoas, das quais 102 associados votantes. A ordem do dia deliberou sobre relatório e balanço do procedimento da liquidação e sobre a prestação de contas dos atos praticados durante o processo de Liquidação Extrajudicial da Cooperativa; sobre os ajustes do Regimento Interno do Conselho Fiscal durante o período de liquidação; e sobre reajuste do valor da Cédula de Presença do Conselho Fiscal.

Conduzida pelo presidente liquidante, Paulo Roberto Birck, foram destacadas as ações realizadas desde a assembleia de instalação do processo de liquidação extrajudicial, no último dia 18 de julho, em especial negociações efetivadas e em andamento até o fim do mês de outubro.

De forma transparente, agora em uma assembleia formal, foram retomados números que haviam sido apresentados em reunião com associados no fim do mês de novembro, como indicadores relacionados aos credores, folha de pagamento do quadro funcional e parcelamento das rescisões. Destaque à prorrogação do prazo para apresentação de habilitação ou impugnação dos créditos relacionados até a data de 26 de dezembro de 2023 em virtude da identificação de instabilidade no sistema durante o dia 15 de dezembro, que era o prazo anteriormente definido.

Avicultura

Birck falou dos segmentos aos quais a Languiru dará continuidade: lojas Agrocenter – Bazar, Ferramentas, Calçados e Confecções e Agrocenter – Insumos, em Teutônia; segmento leite; segmento grãos; segmento aves; recursos com aluguéis de instalações da Cooperativa a terceiros, que já somam mais de R$ 130 mil mensais; e prestação de serviços, principalmente nos segmentos de leite, aves e rações.

Para a avicultura, ele trouxe notícias positivas no que diz respeito às negociações de prestação de serviços à empresa terceira. “As tratativas para prestação de serviços no nosso Frigorífico de Aves, em Westfália, estão avançadas, com a minuta de contrato sendo finalizada”, adiantou.

A parceria prevê que, já em janeiro de 2024, essa empresa passe a abater 50 mil frangos/dia na unidade da Languiru. Com isso, o frigorífico passaria a abater 75 mil aves/dia em um turno, considerando a produção de 25 mil/aves dia com a marca Languiru. Até o mês de abril de 2024, o volume de abate para a empresa parceira deve passar a 125 mil aves/dia, que somado ao volume próprio da Languiru, chegaria ao abate de 150 mil aves/dia em dois turnos. “Esse novo cenário, com a ativação do segundo turno, demandaria a contratação de cerca de 230 funcionários. Esse volume de produção torna a planta industrial rentável, passo importante também para a preservação do campo, que sempre foi nossa prioridade. Negociações como essa nos possibilitam uma projeção de futuro bastante otimista”, frisou Birck.

Ainda no segmento da avicultura, foi informado aos associados que o Matrizeiro da Languiru, em Teutônia, está como integrado na recria da empresa Naturovos; e que o Incubatório da Cooperativa, em Teutônia, tem tratativas de negociação em andamento.

Negociações

Birck detalhou todos os negócios realizados e em andamento a partir da data de instalação da liquidação até o mês de outubro.

  • – Posto de Combustíveis e Restaurante (Westfália): distrato com o proprietário das instalações, com venda do estoque de gêneros alimentícios e ativo imobilizado, sem o pagamento de multa compensatória por rescisão antecipada do contrato;
  • – Áreas de terra: vendidas áreas de terra em Teutônia (Centro Administrativo, Linha Harmonia e Linha Germano) e em Colinas;
  • – Centro de Distribuição – Insumos (Bairro Alesgut/Teutônia): prédio alugado para Mantech Comércio de Máquinas e Equipamentos até agosto de 2025;
  • – Agrocenter de Rio Pardo e de Venâncio Aires: negociadas com Grupo Vaccaro, de Erechim;
  • – Agrocenter de São Lourenço do Sul: negociado com Comercial Mikro e saída de aluguel;
  • – Agrocenter Máquinas (Teutônia): atividades encerradas em julho e prédio da Languiru alienado;
  • – Agrocenter de Arroio do Meio: distrato com STR de Arroio do Meio e saída de aluguel;
  • – Agrocenter do Bairro Canabarro (Teutônia): atividades encerradas em julho e saída de aluguel;
  • – Agrocenter Shopping Lajeado: distrato com Montalar Empreendimentos Imobiliários;
  • – Supermercados do Bairro Alesgut (Teutônia) e de Estrela: negociação do fundo de comércio e imobilizado com proprietário das instalações e saída de aluguéis;
  • – Supermercado de Bom Retiro do Sul: negociação do imobilizado com proprietário das instalações e saída de aluguel;
  • – Supermercado Bairro Languiru (Teutônia): venda do fundo de comércio e imobilizado e contrato de aluguel por 15 anos com o Grupo Passarela;
  • – Supermercado de Arroio do Meio: atividades encerradas em outubro e em negociação;
  • – Supermercado de Poço das Antas: atividades encerradas em outubro e em negociação;
  • – Supermercado do Bairro Canabarro (Teutônia – unidade próxima à Escola Estadual Reynaldo Affonso Augustin): atividades encerradas em outubro e em negociação;
  • – Supermercado do Bairro Canabarro (Teutônia – unidade próxima à Indústria de Calçados Beira Rio): negociado imobilizado com o proprietário das instalações e saída de aluguel;
  • – Supermercado de Cruzeiro do Sul: atividades encerradas em outubro, saída de aluguel, fundo de comércio e imobilizado em negociação;
  • – Porto de Estrela: distrato de compra sem pagamento de multa com proprietário anterior Agropan.

“Até o momento a economia mensal da Languiru com aluguéis já é de R$ 448 mil, sem contabilizarmos os aluguéis de estruturas de Centrais de Distribuição que mantínhamos em outras regiões e Estados. Estamos procurando todas as formas para resolver e desatar alguns nós que foram feitos”, valorizou o presidente liquidante.

Auditoria externa

Os trabalhos de auditoria externa investigativa na Languiru, que vêm sendo realizados pela empresa Dickel & Maffi, também foram abordados. O sócio da empresa, José Roberto Simas, falou da experiência no trabalho com cooperativas e dos principais objetivos do processo, destacando que haverá novo período de atendimento presencial a associados, ex-associados, funcionários, ex-funcionários, prestadores de serviços e comunidade em geral que queiram contribuir com informações, sugestões, denúncias e outros fatos para o trabalho. Será no período de 08 a 12 de janeiro de 2024. Além disso, segue disponível o endereço eletrônico [email protected] para o encaminhamento dessas informações, que são tratadas com total sigilo e somente a empresa contratada tem acesso. A apuração contempla os exercícios de 2018 a 2022.

“A auditoria sozinha não vai chegar a lugar nenhum, precisamos da ajuda dos associados, dos funcionários, da comunidade, de todos os envolvidos ou que já estiveram envolvidos e conhecem a realidade da Languiru. Contamos com a ajuda dos maiores interessados, que são os associados. Nossa função é ajudar a entender, por meio dos números, um pouco do que aconteceu. A movimentação de documentos da Languiru é muito grande, por isso, nos ajudem a identificar os problemas, nos tragam o que vocês têm e o que vocês conhecem, vamos levantar essa situação juntos”, disse Simas.