Das plantações às granjas, o cooperativismo se ergue como um pilar essencial do agronegócio brasileiro, tecendo uma teia de prosperidade e progresso para o país. Diante de tamanha pujança, cuidar de tudo que engloba essa crescente é um trabalho constante que a Organização das Cooperativas Brasileiras (Sistema OCB) vem desempenhando, conforme pontua o presidente, Márcio Lopes de Freitas, em entrevista à Gessulli Agrimídia.
Neste contexto, o presidente ressalta a relevância do Plano Safra 2023/2024 para as cooperativas agropecuárias e de crédito. “A política pública de financiamento rural é elaborada a cada safra, e nesse sentido, modificações favoráveis e desfavoráveis ao cooperativismo sempre acontecem”, ressaltou Lopes de Freitas. Ele enfatizou que o Plano Safra atual trouxe mudanças positivas, como o aumento dos montantes de recursos e a consideração das especificidades do cooperativismo agropecuário. No entanto, as taxas de juros se mantiveram nos mesmos patamares, exigindo uma gestão eficiente por parte das cooperativas na hora de tomar crédito rural.
O tema foi discutido durante uma reunião com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Durante a reunião, foram apresentadas as demandas prioritárias das cooperativas ao Plano Safra. Lopes de Freitas explicou que as demandas se dividiram em dois grupos principais: fontes de recursos e elevação de exigibilidades, e equalização de taxas de juros, montante de recursos, taxas de juros e seguro rural. Além disso, foram discutidos temas como o acesso das cooperativas agropecuárias a programas de sustentabilidade ambiental, o fortalecimento das cooperativas de crédito e o apoio do BNDES para investimentos.
O presidente do Sistema OCB ressaltou que a reunião com o ministro faz parte de um trabalho constante do Sistema OCB em prol do fortalecimento da política agrícola de financiamento e seguro rural. Nos últimos meses, diversas agendas foram realizadas com atores-chave, incluindo o ministro Carlos Fávaro, para apresentar as propostas do Sistema Cooperativista ao Plano Safra 2023/2024.
As cooperativas agropecuárias e de crédito têm expectativas claras em relação ao Plano Safra. Segundo Lopes de Freitas, as propostas visam um montante de recursos de R$410 bilhões, destinados a investimentos, custeio e comercialização. Além disso, o setor busca um valor de R$2,5 bilhões para o Seguro Rural, a fim de garantir a cobertura dos riscos enfrentados pelos produtores rurais.
Diante dos desafios econômicos, o compromisso do governo em fortalecer o Plano Safra é visto como um sinal positivo pelo presidente do Sistema OCB. Ele enfatizou a importância da política de crédito e seguro rural para promover a continuidade dos negócios agropecuários de forma sustentável.