Em ano de Copa de Mundo, as empresas tentam tirar proveito do clima de otimismo para impulsionar as vendas. Mas, para Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), entidade que representa os produtores de frangos e derivados, 2014 será um ano “tranquilo e ajustado” para o setor. “O ano de 2014 será melhor do que 2013, mas não vai ser de euforia”, disse Turra, durante evento AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL, que aconteceu na noite desta terça-feira 26, em São Paulo.
Segundo Turra, o setor está prospectando novos negócios com Paquistão, Malásia, Indonésia e México. “São mercados interessantes que estão se abrindo para nós”, diz. Além disso, vai ampliar as exportações para a Venezuela e para a China. A Arábia Saudita é o maior comprador de carne de frango do Brasil, com 16% de participação nas exportações. Em seguida, aparecem a União Europeia, Japão, Hong Kong e China.
O ano de 2013 foi um ano de lenta e gradual recuperação para o setor avícola. “O setor andou muito enxuto. Não estava preocupado em produzir volumes, mas em exportar qualidade”, diz Turra. De acordo com a Ubabef, as exportações do setor avícola, que envolvem frango, ovos, perus, patos, marrecos, material genético, pintos e ovos férteis, tiveram queda acumulada de 2,1% no volume total embarcado entre janeiro e outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2012, com 3,374 milhões de toneladas. A receita cresceu 4,2% no período, com US$ 7,160 bilhões. Segundo com Turra, o setor vai fechar o ano com receita 6% superior a 2012, incluindo as vendas no mercado interno.