A abertura do mercado chinês para a carne suína in natura poderá ocorrer até julho, afirmou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, nesta sexta-feira (16). Rossi e o ministro da Administração Geral de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ), Wang Young, encerraram, oficialmente, as conversações técnicas da segunda sessão do Subcomitê de Inspeção e Quarentena da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban), realizada desde ontem, em Brasília. Ele informou que, até junho, existe a possibilidade da vinda de auditores chineses ou, até mesmo, da ida de missão brasileira à China.
Segundo Rossi, a ideia é que essa visita técnica consolide a base do acordo para o início dos embarques de carne suína e ampliação do número de frigoríficos habilitados para a venda de carne bovina in natura. “Aguardamos a habilitação de 14 frigoríficos inspecionados pelos chineses em 2006”, ressaltou o ministro. Para Wagner Rossi, a próxima reunião da Cosban, em 21 de julho, será o momento apropriado para a assinatura dos termos de cooperação.
Ainda durante o encontro de hoje, o ministro brasileiro pediu a liberação dos estados da Bahia e Alagoas para a exportação de tabaco ao país asiático. Nessa quinta-feira (15), Rossi e Wang assinaram protocolo que regulamenta a venda do produto oriundo do Rio Grande do Sul. “Queremos, no início da próxima safra, iniciar a exportação por esses outros estados, que têm qualidade na produção de fumo”, explicou Rossi.
Diversificação – Rossi reafirmou a Wang a necessidade de diversificar a pauta exportadora para o país, conforme demonstrou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente da China, Hu Jintao. Segundo o ministro, 90,9% dos embarques brasileiros estão concentrados no complexo soja e outros 5%, em tabaco.“Temos grande consideração pela China, nosso maior parceiro comercial. Queremos ampliar, no futuro, nossas relações comerciais e políticas”, concluiu.